terça-feira, 31 de janeiro de 2017

O CASO DAS MÁSCARAS DE CHUMBO - Mistérios sem fim!

Tsug


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  • A descoberta dos corpos

Tudo se iniciou em Niterói-RJ, ao final da manhã de um sábado, dia 18 de agosto de 1966. O jovem Paulo Cordeiro Azevedo dos Santos estava no Morro do Vintém, em busca de pássaros para captura-los. Foi nesse momento que ele se deparou com dois cadáveres de homens no alto daquele morro, caídos ao chão em cima de uma espécie de cama feita com folhas de pintoba (uma árvore parecida com palmeira). Assustado, o jovem rapidamente se dirigiu a casa do guarda Antônio Guerra, que servia a Companhia de Radiopatrulha. Acreditando ser uma invenção do garoto, o guarda não acreditou no relato e não foi até o local conferir. Dois dias depois, por volta das 18:00 horas, outro jovem chamado Jorge da Costa Alves (18 anos), subia o Morro do Vintém seguindo uma pipa que caía do céu. Porém, no meio da mata fechada da colina, ele se deparou com aquela visão assustadora. Imediatamente o rapaz comunicou o ocorrido aos oficiais da Segunda Delegacia de Polícia (2ª DP) de Niterói, que foram até o ponto relatado no dia 21 de agosto, juntamente com jornalistas, para se certificarem.




Chegando ao local, os policias observaram os dois corpos sem vida já em adiantado estado de decomposição, evidenciado pelo mal cheiro que exalavam. E por causa disso, uma das primeiras atitudes dos ali presentes foi aplicar formol sob os corpos para amenizar os odores. Eram homens adultos trajando capas impermeáveis que cobriam seus ternos, e ao lado dos cadáveres, havia uma garrafa de água magnesiana vazia, um pacote fechado com duas toalhas em seu interior, uma folha de papel laminado (que foi usada como copo) e duas máscaras de chumbo que comumente são usadas para proteção contra radiação. Como dito anteriormente, ambos jaziam sob folhas de pintoba, que são muito difíceis de serem cortadas sem utilização de facas ou canivetes, porém, nenhum instrumento desse tipo foi encontrado no local (mesmo que os caules das folhas apresentassem cortes característicos desses objetos). Após pesquisas mais minuciosas dos corpos, os policiais verificaram que não havia nenhum sinal de violência como perfurações, hemorragia/hematomas ou lesões. Também foi encontrado um bloco de anotações contendo símbolos e números (incluindo fórmulas físicas, como a Lei de Ohm, que envolve potência, tensão, corrente e resistência elétricas), um lenço com as iniciais M. A. S., um par de óculos preto com uma aliança em uma das hastes, um vale do casco da água magnesiana e um bilhete contendo a seguinte mensagem:





Nessa etapa, os corpos também puderam ser identificados após os guardas encontrarem seus documentos. Tratava-se de Manoel Pereira da Cruz (32 anos) e Miguel José Viana (34 anos). Nos bolsos de ambos, ainda foram encontrados seus relógios e Cr$ 157.000 com um e Cr$ 4.000 com outro. No bolso de Manoel, ainda foi encontrado um maço de cigarros quase no fim, o que levou os policias a crerem que eles não tinham a intenção de permanecer naquele local por muito tempo, já que, se esse fosse o objetivo, Manoel estaria portando uma quantidade maior de cigarro para alimentar o vício durante o período de permanência.



  • Investigação policial

Diante de tantos pontos em aberto, naturalmente se iniciou uma investigação policial acerca daquelas duas misteriosas mortes. Durante o inquérito, os investigadores da polícia reconstituíram uma narrativa plausível dos últimos dias dos dois homens. Logo descobriram que as vítimas eram técnicos em eletrônica, com uma paixão fora do comum por alienígenas e outros ritos sobrenaturais. Em 17 de agosto daquele ano, ambos partiram de Campos dos Goytacazes-RJ, a cidade onde residiam,  munidos de grande quantidade de dinheiro para a época (Cr$ 2.300.000), tendo dito às respectivas esposas que iriam a São Paulo comprar material de trabalho e também um automóvel. Cabe lembrar que durante a revista dos corpos, foram encontrados apenas Cr$ 161.000 com eles. Durante a investigação, também foi descoberto que as máscaras de chumbo foram confeccionadas na oficina dos dois, onde foram encontradas matérias primas relacionadas à produção desses objetos. Exames grafotécnicos realizados nos bilhetes encontrados no Morro do Vintém também provaram que a caligrafia pertencia a Miguel, embora os termos utilizados como “ingerir”, não fosse palavras usadas cotidianamente por pessoas simples como ele. A própria família disse que o termo não fazia parte de seu vocabulário. Isso levou todos a crer que o recado anotado possa ter sido passado por outra pessoa.
Ao saber do envolvimento de uma considerável quantidade de dinheiro, o delegado Venâncio Bittencourt questionou o guarda Antônio quanto a sua negligência diante do relato do garoto Paulo. Inicialmente suspeitou-se que ele talvez possa ter ido ao local para se apropriar de alguns bens. Porém, nada disso pôde ser comprovado.  Quanto ao lenço com as iniciais M. A. S., seu significado ainda prevalece desconhecido. Segundo o irmão de Miguel, Herval Viana, eles não tinham nenhum familiar cujo nome representasse aquela sigla.


De volta a reconstituição, na sequência, ambos se dirigiram para a rodoviária junto com o amigo Élcio Correia Gomes, e as 9:00 horas eles embarcaram no veículo e se despediram do colega. Ao passar pela rua próxima à rodoviária, a sobrinha de Miguel viu seu tio dentro do ônibus e se aproximou da janela para conversar com ele. Nesse diálogo, Miguel diz rapidamente que estava indo pra São Paulo comprar um carro, e que ele iria se certificar de algo para saber se acreditava ou não no espiritismo. Seria alguma experiência parapsicológica?
Após pegarem o ônibus, os dois homens desembarcaram em Niterói-RJ às 14:30 da tarde. Na cidade, inicialmente Miguel e Manoel foram à loja de componentes eletrônicos “Fluoscop” situada na Travessa Alberto Vitor no centro da cidade, onde apenas conversaram normalmente com o dono do estabelecimento e amigo, Ernani de Carvalho Filho, sem deixar transparecer nada que levasse a alguma suspeita.  Na sequência, ambos foram até uma loja de roupas para comprarem capas impermeáveis e em um bar situado na Avenida Marquês do Paraná para adquirirem uma garrafa de água magnesiana. O atendente do estabelecimento relatou ainda que Miguel parecia muito nervoso e olhava para o relógio de pulso constantemente. Porém, tudo levavam a crer que os dois tinham a intenção de voltar ao bar, uma vez que eles pediram o vale do casco de vidro retornável (vale esse que também foi encontrado junto aos corpos). Na loja onde foram adquiridas as capas, a maior observação do vendedor se deu pelo fato de que, embora estivesse caindo uma chuva no momento, Miguel e Manoel deixaram o estabelecimento sem utilizar as capas, ou seja, com elas ainda dentro de suas embalagens.

Após a ida ao bar, tudo levava a crer que os dois seguiram direto para o local em que foram encontrados mortos. Durante investigação, foi notado que no caminho do Morro do Vintém existia um Centro Espírita, o qual realizava estudos e pesquisas espirituais. No entanto, não foram encontradas provas do contato de Miguel e Manoel com membros desse local.
Segundo um vigia chamado Raulino de Matos, na noite do ocorrido ele viu dois homens com características similares a das vítimas, chegando ao Morro do Vintém em um jipe acompanhado de outras duas pessoas (sendo um deles, um homem loiro), que até hoje não foram identificadas. Após descerem do jipe, apenas Miguel e Manoel subiram o morro a pé, em meio à chuva e escuridão daquela noite. Estima-se que Jorge (o garoto da pipa) encontrou os dois homens cerca de 3 dias após a morte, baseando-se no estado de decomposição dos corpos. Um aspecto interessante e misterioso, é que mesmo durante todo esse período no meio da vegetação, os corpos não foram atacados por predadores como roedores e urubus.

Morro do Vintém


Uma suposição interessante levantada, é que dias antes do acontecido, um homem loiro havia perguntado alguns rapazes da região sobre qual seria a forma mais fácil de atingir o topo do Morro do Vintém. A descrição desse homem era compatível com a do zelador do Centro Espírita citado acima, porém, a polícia não conseguiu relacionar esse indivíduo ao suposto motorista do jipe ou se certificar se ele realmente pedia informações sobre o morro aos moradores.

  • Análises no IML e conclusão do caso

Nos exames anatomopatológicos feitos no IML de Niterói-RJ pelo legista Astor Pereira de Melo, nenhum sinal de ferimento, envenenamento ou distúrbio orgânico foi encontrado na necropsia, não sendo possível determinar a causa mortis. Contudo, diante da presença de uma pista que indicava a ingestão de uma “pílula”, logo se suspeitou que pudesse ter ocorrido um envenenamento.
Quanto ao exame toxicológico de órgãos, há duas vertentes relatadas nas referências pesquisadas. Em uma delas, é dito que foi impossível de ser realizado, uma vez que suas vísceras já estavam em grau avançado de decomposição. Por outro lado, algumas fontes afirmam que foram realizados diversos exames toxicológicos em várias amostras de órgãos, sendo que todas as análises deram negativo. O próprio legista Astor em entrevista a Globo em 1990 disse ter colhido amostras de cérebro, fígado, rins, pulmões, conteúdo estomacal e fragmento intestinal para análise, mas os resultados foram todos negativos.
Nos laudos do IML e no atestado de óbito, a causa da morte foi dada como “indeterminada”. Além disso, o laudo foi rasurado uma vez que o médico legista responsável, Dr. Sebastião, se recusou a assinar um documento com a causa da morte não esclarecida, sendo necessário coletar a assinatura de outro médico.
No dia 25 de agosto de 1967, cerca de um ano após o ocorrido, a justiça ordenou que os corpos de Miguel e Manoel fossem exumados para realizações de novas análises. Porém, novamente em nenhum dos exames realizados foi possível detectar a causa mortis. Cabe lembrar que mesmo após tanto tempo enterrados, os corpos haviam praticamente se mantido sem se decompor. Isso pode ser explicado, em parte, pela ação conservante do formol que foi aplicada sobre os cadáveres ainda no Morro do Vintém, uma vez que os corpos naquela ocasião exalavam odores não muito agradáveis.

Após muitas investigações e poucas respostas, a justiça decidiu arquivar o caso em 1969. Em 2006, o programa Linha Direta Justiça pediu acesso aos documentos do caso ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Porém, as pastas referentes aos arquivos estavam vazias. Para a justiça, o caso das máscaras de chumbo era um caso como qualquer outro, tendo importância apenas para a imprensa. E por causa disso, após prescrever, os documentos foram jogados fora. Por outro lado, o procurador Edmo Lutterbach em entrevista ao programa Linha Direta Justiça relatou que achava um absurdo um processo de tamanha dimensão e complexidade, que envolveu duas vítimas e que até hoje não foi solucionado ter um fim como qualquer outro caso. Será que havia informações adicionais àquelas que tínhamos e temos acesso?

  • Hipóteses

CRIME PASSIONAL – O repórter policial Mário Dias, relatou ao programa Linha Direta Justiça que logo de cara os policiais levantaram a hipótese de algum crime passional envolvendo relações homossexuais. Porém, essa ideia logo foi refutada com a identificação dos corpos.

SUICÍDIO – Outra hipótese levantada incialmente, foi quanto a um possível pacto de morte. Mas como já relatado anteriormente no texto, diversas evidências sugerem que eles tinham a intenção de retornar do morro, como por exemplo, o vale do casco de água.

INTOXICAÇÃO – O envolvimento de uma provável “cápsula” faz com que a hipótese de intoxicação/envenenamento surja naturalmente. Essa teoria é ainda mais aceita, devido todo o mistério que cerca o exame toxicológico, como relatado anteriormente. Além disso, a utilização de uma água magnesiana abre uma possibilidade de se pensar em uma provável reação química desse produto com a substância presente na cápsula, sendo essa combinação letal aos consumidores e de difícil detecção em testes toxicológicos de acesso na década de 60.

HOMICÍDIO - Dado os achados, os investigadores logo suspeitaram do envolvimento de uma terceira pessoa, sugerindo que se tratava de um crime de latrocínio, uma vez boa parte do dinheiro que ambos levaram de suas casas não estava junto aos corpos. Associado a isso, uma testemunha afirmou que viu as vítimas chegaram ao pé do Morro do Vintém em um jipe, acompanhados por outros dois homens, que nunca mais foram encontrados. Com o avanço da investigação, a polícia suspeitou rapidamente do amigo Élcio Correia Gomes, uma vez que esse indivíduo era espírita e estava introduzindo as vítimas a essa crença (informação revelada à polícia por um amigo da família de Miguel). Élcio também já havia participado anteriormente de experiências paranormais com Miguel e Manoel que culminou numa enorme explosão na Praia da Atafona-RJ. Pela lógica, ele seria o principal suspeito. Élcio chegou a ser preso, mas por falta de provas, ele não pôde ser culpado e foi solto na sequência. Em 1969, um detento chamado Hamilton Bezani assumiu a autoria do crime, e relatou que ele juntamente com outras três pessoas armaram um plano para envenenarem Miguel e Manoel e roubaram 6 milhões de cruzeiro das vítimas. Levado para prestar depoimentos em Niterói-RJ, Hamilton caiu em contradição muitas vezes ao reconstituir o caso (sobre a quantia de dinheiro, posição dos corpos e outros detalhes), fazendo com que a polícia descartasse seu envolvimento. Posteriormente, a polícia descobriu que Hamilton inventou essa história para tentar se transferir para o presídio de Niterói-RJ, de onde ele já havia conseguido fugir duas vezes.


EXPERIÊNCIA PARAPSICOLÓGICA – Outra hipótese bastante comentada seria que Miguel e Manoel estavam tentando fazer uma experiência paranormal que fugiu de seus controles culminando no óbito de ambos (ou que exigiria uma prática mortal para ser executada). Vale lembrar, como relatado no tópico acima, que ambos juntamente com o amigo Élcio, tinham o costume de realizar essas práticas. Na época, o padre e professor de parapsicologia Oscar González Quevedo (o famoso “padre Quevedo”) relatou ao jornal “O Globo” que máscaras de chumbo são normalmente usadas em testes mortais ligados ao ocultismo, em que os envolvidos são expostos a certas fontes de luminosidades (requerendo as máscaras para proteção) e necessitariam ingerir alguma droga para entrarem em transe (o que justificaria a presença de pílulas). Tanto o Pe. Quevedo quanto o radiestesista Georges Charbel acreditam que as máscaras serviriam para proteger os olhos de alguma luz, fazendo com que assim fosse estimulado outro tipo de dimensão, o “plano do 3º olho”. O professor de parapsicologia Laércio Pinheiro acredita que quando Miguel e Manoel manipulavam campos de energia, eles podem ter aberto canais de comunicação pra outras dimensões, de onde eles receberam instruções que não foram corretamente interpretadas, levando a uma falha na experiência.

ELETROCUSSÃO - Foi levantada a hipótese que os homens podem ter sido mortos por eletrocussão causada por raios, já que no dia de suas mortes, caía uma forte chuva em Niterói com muitas trovoadas. Além disso, alguns técnicos eletrônicos consultados também indicaram que essa poderia ser uma hipótese plausível, já que eles estavam em uma região alta portando máscaras de chumbo o que aumentaria a chance de serem atingidos por descargas elétricas. Apesar dos corpos apresentarem apenas ligeiras queimaduras, essas constatações foram prejudicadas durante a necropsia, devido o estado de decomposição dos corpos, impossibilitando determinar se essa foi ou não a causa mortis.

EXTRATERRESTRES - A teoria extraterrestre também é bastante especulada nesse caso, já que na mesma noite em os dois técnicos morreram (17 de agosto de 1966), várias testemunhas relataram que viram um OVNI de formato discoide com um halo de luz alaranjada intensa e anel de fogo soltando raios azuis sobrevoando a região do Morro do Vintém. Uma dessas testemunhas foram Gracinda Barbosa Cortino de Souza e seus filhos, que viviam próximos ao morro. Quando passavam de carro pela Alameda São Boaventura, bairro Fonseca em Niterói-RJ, a filha de Gracinda, Denise (7 anos) alertou a seu irmão e mãe quanto a uma estranha figura que sobrevoava o Morro do Vintém. Mesmo sendo uma noite chuvosa, os três estacionaram o veículo e desceram para observar melhor aquele fenômeno. O depoimento de Gracinda foi publicado em vários jornais, e isso serviu como um fator encorajador para que outras testemunhas também entrassem em contato com a polícia para informar que também haviam presenciado a ocorrência de OVNI naquela região na noite do dia 17 de agosto. Além disso, em setembro de 1966, um repórter foi à oficina de Miguel e encontrou o livro “A vida no planeta Marte” com várias anotações, o que sugere fortemente que talvez ele juntamente com Manoel estivesse tentando fazer algum tipo de contato. Em 1981, o detetive Saulo que investigou o caso, após ser submetido a uma cirurgia gástrica, sentiu seu corpo levitar no quarto de um hospital próximo ao Morro do Vintém. Ao acordar, ele observou que dois enfermeiros estavam na janela de seu quarto comentando sobre um OVNI que havia passado pelos céus há pouco tempo. Teria esse acontecimento alguma relação com o caso das máscaras de chumbo?



  • Investigação ufológica

Quando todos pensavam que o caso seria esquecido pelo tempo, um novo capítulo foi escrito em 1980, quando o matemático francês, ufólogo e ex-funcionário da NASA, Jacques Vallée, veio ao Brasil com o único intuito de investigar o caso. O prestígio de Vallée entre ufólogos é tamanha, que o renomado diretor de cinema, Steven Spielberg, se baseou nele para criar o personagem Claude Lacombe, um cientista no filme “Contatos imediatos de terceiro grau”.

Ao subir o Morro do Vintém juntamente com sua esposa (Janine), o detetive do caso (Saulo Soares da Souza), o repórter policial que cobriu o mistério (Mário Dias), um fotógrafo (Alberto Dirma) e um intérprete, eles observaram que mesmo após 14 anos do acontecido, a vegetação ainda não havia crescido nos locais onde os corpos estavam dispostos, fato que deixou todos os presentes bastante espantados. Vallée ainda constatou que o solo estava calcinado, ou seja, havia sido exposto a uma grande fonte de calor. Todas as conclusões do ufólogo sobre o caso foram escritas em um livro de sua autoria, chamado “Confrontos”.



O detetive Saulo voltou ao local no ano de 1997 para fazer uma matéria sobre o caso e observou que ainda havia um clarão na vegetação no local que demarcava as posições de Miguel e Manoel e que o solo ainda se apresentava calcinado.



  • Casos semelhante?

Apesar de tantas particularidades e mistérios que as mortes de Miguel e Manoel nos apresentam, outra ocorrência anterior a essa mostrou alguns padrões bem parecidos. No ano de 1962, o também técnico eletrônico chamado Hermes havia subido o Morro do Cruzeiro em Neves (São Gonçalo-RJ) com a intenção de captar algum sinal de televisão apenas com a mente, sem utilizar nenhum tipo de aparelho. Nesse caso, Hermes também havia tomado uma misteriosa pílula redonda durante sua jornada, e foi encontrado morto no alto do morro com todos seus pertences e com uma máscara de chumbo junto ao corpo. O “caso Hermes” foi apresentado pelo investigador José de Sousa Arêas, porém, a polícia não descobriu nada de concreto sobre essa ocorrência em suas pesquisas.
No livro “Confrontos”, escrito pelo ufólogo Jacques Vallée, o autor cita o “Caso Grumari” de 1986 como um episódio similar, já que as vítimas morreram de forma acidental ao fazerem experiências paranormais para tentar comunicar com outras entidades. Porém, nenhum OVNI foi avistado ou relacionado ao caso.


LINHA DIRETA JUSTIÇA - 2006






LINHA DIRETA - 1990






  • Referências





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