Gustavo Valente
✞A
tradicional Rua Ângelo Dias✞
O município de Blumenau, em Santa
Catarina, tem uma rica e diversificada história. Além disso, ela é cercada de
lendas e mistérios. Uma dessas estórias aconteceu no centro de Blumenau, mais
especificamente na Rua Ângelo Dias. Ângelo Dias foi um importante canoeiro da
região que transportava passageiros pelo Rio Itajaí-Açu. Ele chegou até mesmo
transportar figuras que foram importantes na construção de Blumenau, como o Dr.
Blumenau e seu sócio, Ferdinand Hackradt. A rua batizada com seu nome foi a
primeira a receber uma farmácia e os Correios naquele município. Hoje em dia,
essa é uma movimentada via com várias lojas comerciais, consultórios e prédios.
O hotel mais antigo da cidade se encontra ali, bem na esquina com a Rua Dr.
Luiz de Freitas Melr. Apesar da grande importância histórica e cultura, aquele
local é assombrado por um fantasma há anos, fato que poucos dos transeuntes que
a frequentam cotidianamente tem ideia.
✞Um
fantasma assombra o local✞
Quando aconteceu o fato que será
abordado nesse texto (entre os anos de 1920 e 1930), essa rua tinha um nome
diferente: ela era chamada de Travessa 4 de Fevereiro. De acordo com o relato
do jornalista Carlos Braga Mueller ao blog “Beto Adalberto Day”, à época
supracitada um suposto fantasma perambulava por essa rua usando trajes escuros durante
as madrugadas. Quando surgiu o burburinho na cidade, alguns acreditavam que
aquilo também poderia ser apenas um ladrão ou até um lobisomem. Mas a hipótese
fantasmagórica foi a que ganhou mais força. Por esse motivo, a rua passou a ser
chamada informalmente de “Gespenster Strasse” entre os imigrantes alemães da
região. Traduzido do alemão, esse termo significa literalmente “Rua do
Fantasma”.
✞Quem
seria o fantasma?✞
Intrigado com aquele ser que
assombrava a Travessa 4 de Fevereiro, populares decidiram ficar à espreita para
tentar descobrir sua real identidade. Com a tocaia armada, algumas testemunhas conseguiram
flagrar o “fantasma”. Depois disso, surgiu o boato que ele era um sacerdote da Matriz
de São Paulo Apóstolo ou alguém da alta sociedade de Blumenau. Ele aproveitava
as altas horas da madrugada para sair às ruas para visitar uma pessoa amada.
Para não causar alvoroço e manter o sigilo, ele agia quando a escuridão caía
sobre Blumenau. Com todos já estavam recolhidos em suas casas, ele podia
transitar pelas desertas ruas sem ser visto. Para esconder ainda mais sua
identidade, ele usava um capuz para que eventuais transeuntes não enxergasse
seu rosto. Segundo alguns, aquela veste nada mais era que a túnica marrom usada
por padres franciscanos, fomentando ainda mais a hipótese de que o fantasma era
parte do clero da cidade. Um fato que fundamentava ainda mais essa teoria é que
o “fantasma” sempre seguia para o mesmo destino final: uma casa localizada na
Travessa 4 de Fevereiro.
Dizem que os que conseguiram
flagrar o “fantasma” não externaram sua identidade ao certo, já que se tratava
de uma pessoa muito influente na região à época. Temendo algum tipo de
retaliação, nem mesmo um nome se tornou algo de conhecimento geral.
✞Referências✞
A Boina à https://cutt.ly/BfcnIEe
Beto Adalberto Day à https://cutt.ly/afcnySW
Nosso Tal à https://cutt.ly/kflsctU
O Blumenauense à https://cutt.ly/RfjYNpV