domingo, 13 de junho de 2021

A RUA DO FANTASMA – Assombração da madrugada de Blumenau!

 

Gustavo Valente

 

A tradicional Rua Ângelo Dias

 

O município de Blumenau, em Santa Catarina, tem uma rica e diversificada história. Além disso, ela é cercada de lendas e mistérios. Uma dessas estórias aconteceu no centro de Blumenau, mais especificamente na Rua Ângelo Dias. Ângelo Dias foi um importante canoeiro da região que transportava passageiros pelo Rio Itajaí-Açu. Ele chegou até mesmo transportar figuras que foram importantes na construção de Blumenau, como o Dr. Blumenau e seu sócio, Ferdinand Hackradt. A rua batizada com seu nome foi a primeira a receber uma farmácia e os Correios naquele município. Hoje em dia, essa é uma movimentada via com várias lojas comerciais, consultórios e prédios. O hotel mais antigo da cidade se encontra ali, bem na esquina com a Rua Dr. Luiz de Freitas Melr. Apesar da grande importância histórica e cultura, aquele local é assombrado por um fantasma há anos, fato que poucos dos transeuntes que a frequentam cotidianamente tem ideia.

 



 

Um fantasma assombra o local

 

Quando aconteceu o fato que será abordado nesse texto (entre os anos de 1920 e 1930), essa rua tinha um nome diferente: ela era chamada de Travessa 4 de Fevereiro. De acordo com o relato do jornalista Carlos Braga Mueller ao blog “Beto Adalberto Day”, à época supracitada um suposto fantasma perambulava por essa rua usando trajes escuros durante as madrugadas. Quando surgiu o burburinho na cidade, alguns acreditavam que aquilo também poderia ser apenas um ladrão ou até um lobisomem. Mas a hipótese fantasmagórica foi a que ganhou mais força. Por esse motivo, a rua passou a ser chamada informalmente de “Gespenster Strasse” entre os imigrantes alemães da região. Traduzido do alemão, esse termo significa literalmente “Rua do Fantasma”.

 



 

Quem seria o fantasma?

 

Intrigado com aquele ser que assombrava a Travessa 4 de Fevereiro, populares decidiram ficar à espreita para tentar descobrir sua real identidade. Com a tocaia armada, algumas testemunhas conseguiram flagrar o “fantasma”. Depois disso, surgiu o boato que ele era um sacerdote da Matriz de São Paulo Apóstolo ou alguém da alta sociedade de Blumenau. Ele aproveitava as altas horas da madrugada para sair às ruas para visitar uma pessoa amada. Para não causar alvoroço e manter o sigilo, ele agia quando a escuridão caía sobre Blumenau. Com todos já estavam recolhidos em suas casas, ele podia transitar pelas desertas ruas sem ser visto. Para esconder ainda mais sua identidade, ele usava um capuz para que eventuais transeuntes não enxergasse seu rosto. Segundo alguns, aquela veste nada mais era que a túnica marrom usada por padres franciscanos, fomentando ainda mais a hipótese de que o fantasma era parte do clero da cidade. Um fato que fundamentava ainda mais essa teoria é que o “fantasma” sempre seguia para o mesmo destino final: uma casa localizada na Travessa 4 de Fevereiro.

 

Dizem que os que conseguiram flagrar o “fantasma” não externaram sua identidade ao certo, já que se tratava de uma pessoa muito influente na região à época. Temendo algum tipo de retaliação, nem mesmo um nome se tornou algo de conhecimento geral.


 

 

Referências

 

A Boina à https://cutt.ly/BfcnIEe

Beto Adalberto Day à https://cutt.ly/afcnySW

Nosso Tal à https://cutt.ly/kflsctU

O Blumenauense à https://cutt.ly/RfjYNpV