Tsug
✞A
vida de Ana Jansen✞
Ana Jansen |
Sozinha no mundo e passando
muitas dificuldades, ela conheceu o coronel Isidoro Rodrigues Pereira, na
época, o homem mais rico da província. Logo ela se transformou em sua amante e
foi morar, junto com seu filho, em uma casa cedida por ele. Apesar da sua
condição de vida melhorar, ela continuou sendo mal vista pela sociedade.
Existia até mesmo uma mulher que personificava toda perseguição que a sociedade
tinha com Ana. Seu nome era Rosalina Ribeiro. Quando Vicência, esposa de
Isidoro, morreu, ele assumiu sua relação com Ana e se casou com ela. Até a
morte de Isidoro, eles permaneceram juntos por 15 anos e tiveram 6 filhos
juntos.
Ana passou a conduzir os negócios
de Isidoro aos 38 anos de idade. Ele gerenciou a produção cana-de-açúcar e
algodão na Fazenda Santo Antônio e foi capaz de triplicar a fortuna de seu
falecido marido. Ana mantinha um grande número de escravos e exercia grande
influência política na região. Ela chegou a se relacionar com o “Partido
Liberal Bem-te-Vi” e “Partido Conservador”, sendo muito ativa no financiamento
de campanhas de algumas revoltas ocorridas no nordeste, como a “Revolta da
Balaiada”. Ela também montou uma central de destruição de água no município.
Esses fatos fizeram que ela fosse vista de forma mais respeitada e recebesse o
apelido de “Rainha do Maranhão”.
Ela chegou a ter mais 4 filhos
após a morte de Isidoro, com um amante, o Desembargador Francisco Vieira de
Melo. Aos 60 anos ela se separou do amante e se casou oficialmente pela segunda
vez, com comerciante paraense Antônio Xavier. Em 1869 Ana morreu aos 82 anos de
idade, por causa naturais.
Dada a importância que Ana Jansen
teve na sociedade maranhense, em São Luís, existem ruas com o seu nome e uma
lagoa em sua homenagem. A Lagoa da Jansen é considerada um dos principais
pontos de lazer da capital.
Lagoa da Jansen - São Luís-MA |
✞O
lado perverso de Ana Jansen✞
Todo sucesso e prosperidade de
Ana também despertava inveja às pessoas. O fato de uma mulher ter um papel de
liderança ainda era visto com muito preconceito á época, ainda mais
considerando uma mulher com todo histórico de Ana Jansen: impura, mãe solteira
e amante. Então logo começaram a surgir várias histórias que tentavam manchar sua
imagem. Os principais boatos diziam respeito da forma dura e autoritária na
qual ela conduzia seus funcionários e escravos. Dizem que ela chegava até
tortura-los e mutila-los quando não concordava com alguma conduta. Há relatos
que ela pendurava os escravos de cabeça para baixo e os descia até o fundo de
poços. Ela também já os usou algumas vezes como tapete, para não sujar seus
sapatos franceses no chão.
Em entrevista concedida ao portal
O Estado do Maranhão, o historiador Rodrigo do Norte conta que essas histórias
não passam de boatos para difamar Ana: “Ela maltratava escravo assim como toda
a sociedade brasileira maltratava, não era exclusividade dela”.
✞O
lado sobrenatural de Ana Jansen✞
Após a morte de Ana, começaram a
surgir boatos de que seu casarão era assombrado pelas almas dos escravos
vitimados por ela.
Dizem que quando uma pessoa se
depara com essa manifestação, o fantasma de Ana Jansen sai do interior da
carruagem e lhe concede uma vela acesa. Quando a escuridão da noite vai embora
e os primeiros raios de sol começam a surgir, as vítimas conseguem ver que na
verdade aquela vela é um osso de defunto.
Acredita-se que a lenda da
carruagem de Ana Jansen lenda sido inspirada em contos relacionados a outros
personagens reais da aristocracia de uma localidade, também envolvidos com
atrocidades em vida, como é o caso de o Vlad, o Empalador na Romênia (o
verdadeiro Drácula), Gilles de Rais na França e Isabel Bathory na Hungria.
✞Referências✞
Academia Maranhense à
https://cutt.ly/TjAlwG8
Aventuras na História à
https://cutt.ly/JjTrPGl
Info Escola à
https://cutt.ly/RjAlQKK
Lendas do Maranhão à
https://cutt.ly/QjUFPr5
O Redescobrimento das Américas à https://cutt.ly/ijOvPNP
Wikipedia à
https://cutt.ly/JjYtuuM