domingo, 25 de julho de 2021

A CASA ASSOMBRADA DO BAIRRO OTÁVIO BONFIM – O Poltergeist de Fortaleza!

 Gustavo Valente

 

Jornal “O Povo”

 

O “O Povo” é o mais antigo e tradicional jornal da capital cearense. Fundando em 1928, ele já retratou diversos temas diferentes em suas matérias. O que será abordado nesse texto é justamente uma matéria publicada no “O Povo”, mais especificamente em 30 de maio de 1934.

 

O título da matéria alarmava sobre uma provável manifestação sobrenatural que estava acontecendo em Fortaleza: “Uma casa mal assombrada no Otávio Bomfim – As visagens continuam”.



 

 

A casa mal assombrada

 

A matéria abordava o fato que a publicação do dia anterior sobre a fatídica casa tinha causado muita comoção popular, fazendo com que vários curiosos fossem até o local para tentar presenciar algum fenômeno. Apesar da matéria de 30 de maio ser encontrada na íntegra na internet, a matéria do “dia anterior” citada no texto não é encontrada em local algum. Então não sabemos a natureza do que foi publicado anteriormente, que foi capaz de despertar tanto interesse dos leitores.

 

A reportagem informa que a casa em questão era a de número 301, mas sem revelar qual o nome da rua. De acordo com algumas testemunhas, ela se situava próxima à Avenida Domingos Olímpio. Seu dono era conhecido como João Escóssio. Curiosos que se dirigiram até o local reportaram ter presenciado manifestações como cadeiras flutuando com as pernas para o alto. Alguns diziam ainda que Maria Águeda, uma menina que morava na casa, foi alvejada repetidas vezes por objetos da casa, que eram arremessados por algum “espírito louco”.

 

Por fim, é relatado também que Maria Águeda foi submetida a uma sessão espírita durante altas horas da noite, mas sem entrar em muitos detalhes. O proprietário anterior a João Escóssio relatou que mudou daquela casa, pois durante as noites a família não conseguia dormir, dado a quantidade de batidas e ruídos misteriosos que aconteciam no local.

 

 

Bairro Otávio Bonfim, Fortaleza - CE


Desfecho e explicações

 

O desfecho desse caso ainda permanece em aberto. Não existe nenhuma outra informação, de forma pública, de como se sucederam os fenômenos naquele local. Mas como todo Poltergeist, provavelmente aqueles efeitos foram apenas um efeito temporário de Maria Águeda estar entrando na puberdade. De acordo com estudos parapsicológicos de Padre Quevedo, a maioria dos casos de Poltergeist se relaciona com a presença de adolescentes do sexo feminino na casa. Apesar de a puberdade parecer ser um fator desencadeante dessas perturbações parafísicas, o mecanismo pelo qual isso se dá ainda não é bem esclarecido, fazendo com que essas ocorrências ainda sejam abordadas dentro da área da parapsicologia.

 

 

Referências

 

O Povo à https://cutt.ly/Dfv8Lxj / https://cutt.ly/OfbEQpA