sábado, 24 de fevereiro de 2018

LOIRA DO BONFIM - A assombração que te leva até o cemitério!

Tsug


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 Bairro Bonfim 

Bairros Lagoinha, Carlos Prates e Bonfim viram patrimônio ...
Bairro Bonfim - BH
O bairro Bonfim, localizado na região Noroeste da Belo Horizonte, teve sua origem e nome ligados ao Cemitério do Bonfim, inaugurado em 8 de fevereiro de 1897. Sendo o mais antigo cemitério situado na capital mineira, ele abriga jazigos de famílias tradicionais da sociedade belorizontina.

O cemitério, marco inicial do bairro, foi construído pela determinação da Comissão Construtora da Nova Capital, como forma de evitar que os defuntos fossem sepultados na região central. Inicialmente os mortos eram enterrados no adro da Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, mas logo foi ordenada a utilização de um cemitério provisório no espaço onde hoje cruzam as ruas Rio de Janeiro, Tamoios, São Paulo, Tupis e Avenida Amazonas. Após o erguimento do Cemitério do Bonfim (170.036 m²) numa área além do perímetro urbano (delimitado pela atual Avenida do Contorno) conhecida como "Alto dos Meneses", os sepultamentos foram transferidos para lá.

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Em 1909 foram instaladas linhas férreas que ligavam o bairro Bonfim ao centro de Belo Horizonte. Esse foi o principal meio de transporte coletivo do município até a década de 60, já que, no dia 30 de julho de 1963, as seis linhas remanescentes de bondes fizeram sua última viagem e os trilhos foram retirados das ruas da capital.

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A boemia é outro traço marcante do bairro Bonfim. Tradicionalmente, a região sempre foi conhecida pelos numerosos bares e cabarés, que agitavam a vida noturna da cidade de Belo Horizonte.

Atualmente, o bairro Bonfim mantém a paisagem urbana da época de sua fundação, ilustrada pelos antigos galpões, lojas, casarões e casas centenárias. Segundo estimativas, o bairro possui cerca de 6 mil moradores.

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 Loira do Bonfim 

marcusagm Instagram profile with posts and stories - Picuki.comUma lenda urbana surgida na década de 40, talvez a mais conhecida de Belo Horizonte, também é muito marcante na história do bairro Bonfim. Segundo relatos, existia uma mulher loira muito atraente que usava vestido branco e frequentava bares e pontos de bonde da região central da cidade pela madrugada. Após atrair a atenção de boêmios, ela pedia para que eles a acompanhasse com o bonde até sua casa, situada no bairro Bonfim. Sem resistir ao assédio, as vítimas seguiam com a loira até esse destino. Mas ao chegar à porta do cemitério, a mulher revelava que aquela era sua morada e misteriosamente desaparecia, causando pavor nos acompanhantes.
Inicialmente, condutores do bonde temiam o expediente de madrugada e as pessoas buscavam outros meios de transporte para evitar a loira. Com o passar dos tempos e a popularização dos automóveis, a lenda começou a assombrar os taxistas de Belo Horizonte. Diversos taxistas já relataram ter transportado loiras até o Bonfim durante a madrugada, que simplesmente desapareciam após passar pelo portão do cemitério.





 Relatos 

Em certa ocasião, uma loira se dirigiu a uma delegacia do bairro Lagoinha (bairro ao lado do Bonfim) onde pediu a um policial que a acompanhasse a sua casa. Porém, chegando ao Cemitério do Bonfim, ela anunciou que aquela era sua casa e novamente desapareceu.

Resultado de imagem para loira do bonfim bhUm taxista também admitiu ter conduzido uma loira, que usava roupas brancas, do bairro Mangabeiras até o Cemitério do Bonfim, onde tudo teria acontecido. Durante o percurso, ele tentou puxar papo com ela, mas a mulher dava curtas respostas e demonstrava ansiedade em chegar ao destino. Assim que o táxi entrou pela Rua Bonfim (a principal rua do bairro que leva até ao cemitério), o carro se encheu de um perfume muito forte de cravo, e a loira passou a falar com uma voz diferente, melancólica, se mantendo sempre cabisbaixa e evitando respostas muito longas. Chegando ao endereço passado pela loira, o taxista percebe que se tratava da porta do Cemitério do Bonfim. Encabulado com aquilo, o motorista olhou para o cemitério, e logo voltou sua atenção para o retrovisor para ver a moça no banco de trás. Mas para aumentar seu pavor, a passageira não estava no interior do carro. Ela já se encontra fora do veículo, de costas, vestindo uma camisola longa desfeita em trapos, com os cabelos desgrenhados e cheios de terra, caminhando rumo aos portões do cemitério. Por impulso, ele saiu do carro e foi até ela. Mas quando ela se virou, o taxista percebeu que seu rosto tinha uma aparência macabra: com olhos fundos e roxos, algodão nos ouvidos e nariz e marcas de pontos no pescoço descendo ao peito. Ao ver essa cena, o taxista fugiu, enquanto a loira continuou sua caminhada até o interior do cemitério.




Há também os que juram que a loira não passa de um vulto meio indefinido que aparece para os frequentadores das regiões boêmias existentes nas imediações do bairro do Bonfim

Em abril de 2001, uma mulher loira vestida de branco, com chumaços de algodão no ouvido e aparência assustadora foi vista ao arredor do cemitério, tentando invadir casas do bairro Bonfim. Uma das moradoras, Maria das Graças Rodrigues dos Santos (40 anos), relatou o que seu marido viu após sair para trabalhar:

"Ele disse que achou estranho porque viu uma mulher com aparência de fantasma andando pela rua."

Mas após investigação da vizinhança, logo foi descoberto que aquilo não se passava de uma atuação. Um grupo de atores haviam ido até a região para encenar a lenda da "Loira do Bonfim". Fantasiados até de policiais, eles circularam pelo local. O aposentado Marcos William Dias, de 60 anos, contou que viu a mulher e achou graça:

“Bom, era muita coincidência uma loira no cemitério e logo à noite. Acho que lendas não se repetem"

 Já a promotora de vendas, Michele Reis, de 36, disse que alguns moradores ficaram muito assustados, mas logo acharam graça quando tudo foi esclarecido:

"Todo mundo saiu para a rua suspeitando da história. Alguns apreensivos e outros doidos para verem a loira".



 Teorias 

Jornalista Dirceu Pereira será sepultado neste sábado - Gerais ...
Dirceu Pereira
Embora existam registros e relatos sobre o aparecimento da Loira do Bonfim, suspeita-se que essa lenda tenha sido criada pelo jornalista Felipe Drummond e difundida pelo radialista Pedro Luiz Carrapeta e pelo apresentador televisivo Dirceu Pereira para criar um clima de medo e sensacionalismo.

Acredita-se que a fama da lenda da “Loira do Bonfim” tenha apresentado um auge na década de 80, em virtude do programa “O Povo na TV” da TV Alterosa. Apresentado por Dirceu Pereira, era um programa muito sensacionalista, que buscava manter e ganhar audiência por meio de temas polêmicos. Dessa forma, “O Povo na TV” resgatou a lenda da “Loira do Bonfim”, rendendo-a por vários programas o que contribuiu para sua difusão e popularização. Em diversas ocasiões, a equipe do programa se reuniu com os telespectadores em vigílias no Cemitério do Bonfim à meia-noite a procura da loira. Alguns dos presentes relataram a aparição de vultos, sensações estranhas, uma atmosfera ruim, ruídos e barulhos de corrente. Mas nunca foi obtida nenhuma prova mais concreta da existência da loira.

Segundo alguns relatos, essa loira poderia ser uma noiva que havia sido abandonada pelo amado no altar da igreja, no dia do casamento. Inconformada com aquele infortúnio, ela cometeu suicídio e foi sepultada no cemitério do Bonfim. Desde então, a alma vaga por Belo Horizonte à procura de um noivo.

Alguns coveiros e marmoristas do Bonfim acreditam que ela seria na verdade uma travesti que perambulava pelo bairro boêmio, cujo pai trabalhava no cemitério.

Há quem diga que essa loira poderia ser uma das muitas prostitutas que atuam na região do Mangabeiras, nas imediações da avenida Afonso Pena, provavelmente morta por ali em seu "trabalho" e enterrada no Bonfim. Por causa disso, ela pegaria taxis no bairro das Mangabeiras até o cemitério.

Cabana do Terror: LOIRA DO BONFIM - A assombração que te leva até ...


 Mídias 

A lenda da “Loira do Bonfim” foi exaustivamente narrada por cronistas e radialistas da cidade, chegando inclusive às telas do cinema através de um curta-metragem de 10 minutos, dirigido e produzido por Ricardo Horta em 1998.

O poeta Carlos Drummond de Andrade faz menção a esse mito belo-horizontino em seu poema “Canção da Moça-Fantasma de Belo Horizonte”, incluído no livro “O Sentimento do Mundo”, cujos versos dizem:

“Eu sou a Moça-Fantasma / que espera na Rua do Chumbo / o carro da madrugada. / Eu sou branca e longa e fria, / a minha carne é um suspiro / na madrugada da serra. / Eu sou a Moça-Fantasma. / O meu nome era Maria, / Maria-Que-Morreu-Antes. / Sou a vossa namorada / que morreu de apendicite, / no desastre de automóvel / ou suicidou-se na praia / e seus cabelos ficaram / longos na vossa lembrança. / Eu nunca fui deste mundo: / Se beijava, minha boca / dizia de outros planetas / em que os amantes se queimam / num fogo casto e se tornam / estrelas, sem ironia. / Morri sem ter tido tempo / de ser vossa, como as outras.”

“(...) As moças que ainda estão vivas / (hão de morrer, ficai certos) / têm medo que eu apareça / e lhes puxe a perna... Engano. / Eu fui moça, Serei moça / deserta, per omnia saecula. / Não quero saber de moças. / Mas os moços me perturbam. / Não sei como libertar-me. / Se o fantasma não sofresse, / se eles ainda me gostassem / e o espiritismo consentisse, / mas eu sei que é proibido / vós sois carne, eu sou vapor. / Um vapor que se dissolve / quando o sol rompe na Serra. / Agora estou consolada, / disse tudo que queria, / subirei àquela nuvem, / serei lâmina gelada, / cintilarei sobre os homens. / Meu reflexo na piscina da Avenida Paraúna, / (estrelas não se compreendem), / ninguém o compreenderá.”


O escritor e ilustrador galego Miguelanxo Prado (Corunha, Galiza, 1958) produziu “Belo Horizonte” para a coleção Cidades Ilustradas, da editora Casa 21, obra lançada em 2003, cujo enredo trata de uma mulher loira que morava no cemitério do Bonfim, e por quem o protagonista, um espanhol enviado a Belo Horizonte por sua empresa, se encheu de amores.

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Lacarmélio Alfeo de Araújo, o famoso quadrinista de rua da cidade de Belo Horizonte conhecido como Celton, desenhou uma edição de seus quadrinhos em 1998 no qual a “Loira do Bonfim” era a protagonista.

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Na loja online “Made in BH” é possível encontrar alguns souvenirs como capinhas de celular e até mesmo cerveja artesanal em alusão à lenda da “Loira do Bonfim”.

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 Referências 

Bairros de Belo Horizonte à https://goo.gl/drDc6f
Blog Assombrado à https://goo.gl/R8zVbL
João de Freitas à https://goo.gl/CQisJh
Jornal do Padre Eustáquio à https://goo.gl/mrCuyr
Jornal Super Notícias à https://goo.gl/SsDeYq
Made in BH à https://goo.gl/4pSEiE
Portal E7 à https://goo.gl/udwsMC
Prefeitura de Belo Horizonte à https://goo.gl/BrfqGY
Wikipedia à https://goo.gl/kT3J5d

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

PROCISSÃO DAS ALMAS - Assombrando as ruas de cidades históricas!

Tsug

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Tradição religiosa de Sabará

Sabará é um tricentenário município do estado de Minas Gerais, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Assim como os demais municípios históricos mineiros, em Sabará as festividades religiosas, basicamente as católicas, são celebradas a partir da realização de procissões. Procissões religiosas geralmente são caracterizadas por uma marcha solene em que padres e outros clérigos desfilam carregando imagens veneráveis, seguidos pelos fiéis que acompanham o cortejo rezando e com velas acessas.
A maioria das procissões católicas concentram-se no período da quaresma, que compreende os 40 dias entre a quarta-feira de cinzas e a Páscoa. E foi em uma dessas procissões quaresmais ocorridas em Sabará que um fato incomum veio a ocorrer, segundo o arquivo “Assombrações, Minas de Ouro, Anedotas e Tipos Populares de Sabará”, publicado pela professora sabarense, Maria de Lourdes Guerra Machado.


Procissão da Sexta-feira da Paixão de Cristo

Lendas Brasileiras] "Procissão das Almas" | Verbalizando 📚 AminoNo século XVIII, havia uma senhora que morava na Rua Dom Pedro II, uma das principais vias do centro histórico de Sabará. Maria Leocádia, mais conhecida como Dona Sinhá, era uma costureira solteira e sem família, que morava só em uma humilde casa. Porém, ela tinha uma fama de fofoqueira e bisbilhoteira, por sempre ficar na janela de sua casa observando tudo que acontecia na rua.

Na Sexta-Feira da Paixão, à meia-noite, dona Sinhá começou a ouvir uma movimentação vinda da rua. Para não perder o costume, logo ela abriu a janela para fuxicar o que estaria acontecendo naquela hora. Tratava-se de uma procissão que seguia ladeira acima, assim como as demais que ocorriam na Semana Santa que subiam a Rua Dom Pedro II na direção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário ou da Igreja de São Francisco. Os fiéis estavam vestidos de branco, e todo o cortejo era liderado pelo único indivíduo que segurava uma vela acessa e estava de vestes pretas. Ao passar próximo à casa de dona Sinhá, ele se aproximou da janela entregando a vela a ela e dizendo para não apaga-la, pois eles iriam retornar para busca-la no sábado de Aleluia. Feito isso, a procissão seguiu normalmente pela Rua Dom Pedro II.

Intrigada com o acontecido, a velha pôs a vela sobre a mesa e a apagou.

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Procissão do Sábado de Aleluia

Após acordar no outro dia, Dona Sinhá havia percebido que a vela não estava mais na mesa. No local onde ela havia a deixado, estava um osso de perna humana. Mesmo assustada com o que havia acontecido, ela esperou a procissão passar no Sábado de Aleluia, para entregar o osso ao homem de manto preto.

Conforme prometido, à meia-noite novamente o cortejo passou pela ladeira, e dona Sinhá teve a chance de devolver o osso. Ao recebê-lo, o líder da procissão disse que aquela tinha sido a primeira e última vez que ela os veria pela janela. Dito isso, a procissão seguiu seu rumo.

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Consequências

Após esses acontecimentos, todos os dias à meia-noite, dona Sinhá ficava na janela de sua casa na esperança de ver a procissão novamente. Porém, após 3 meses, ela faleceu. Após sua morte, algumas pessoas relataram já terem presenciado algumas procissões pela Rua Dom Pedro II no período de quaresma,  com Dona Sinhá sendo um dos fiés que seguia ladeira acima de vestes brancas.

Desde então, essa lenda ficou conhecida como “A Procissão das Almas de Sabará”






Procissão do Miserere em Mariana

No livro “Lendas Marianenses” de 1966, escrito por Waldemar de Moura Santos (um dos fundadores da Casa de Cultura – Academia Marianense de Letras)  e editado pela Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, há o relato de uma lenda no município de Mariana-MG bastante parecida com “A Procissão de Almas de Sabará”, chamada de “Procissão do Miserere” (Miserere: do latim, misericórdia). A principal diferença entre os contos, além do local de ocorrência, se dá pelo fato da velha fofoqueira ter morrido de susto ao ver que a vela havia se transformado em osso.

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Desde então, uma das principais atrações da Semana Santa de Mariana há quase quatro décadas, é a realização da “Procissão das Almas” que ocorre na madrugada entre a Sexta-feira da Paixão e Sábado de Aleluia. Na ocasião, pessoas tem a oportunidade de reviver a “Procissão do Miserere” e saem nas ruas históricas do município vestidas de branco, com velas nas mãos e arrastando correntes. O cemitério da Igreja de Nossa Senhora dos Anjos é o ponto de partida e chegada do cortejo, e a duração do evento é de aproximadamente 2 horas. Durante o trajeto, a banda União XV de Novembro acompanha os participantes ao som da marcha fúnebre “O Lamento” (Aníbal Walter), entoada por bumbos, matracas e instrumentos de sopro. A escolha da marcha é uma homenagem ao músico Antônio Norberto, que costumava percorrer os cemitérios da região tocando os mesmos acordes, relembrando seus colegas de profissão que já haviam partido.

La Biblioteca de Laura: La Santa Compaña


Quando a procissão começou, as matracas cantavam e ecoavam pelas ruas, criando um imponente cenário sonoro que não acabava por ali. Num determinado momento, elas paravam e as almas choravam. Como eu não esperava toda essa sonoplastia, isso me surpreendeu. Me arrepiei diversas vezes (...) Percebo que a Procissão das Almas é muito importante para a cultura de Mariana. Durante os dois anos em que vivi lá, pude reparar que as lendas sobrevivem graças a expressões espontâneas da comunidade. Durante a procissão, é difícil perceber quem são os participantes fantasiados, mas ainda que nem todos estejam a caráter, muitos acompanham e demonstram o respeito aos mortos. Os que não participam efetivamente ficam nas janelas aguardando a procissão passar” - Taciana Sene, de Poços de Caldas, mestranda em História, Política e Bens Culturais da Fundação Getulio Vargas (FGV), que assistiu à Procissão das Almas no período em que morou em Mariana, em 2013 e 2014.
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Sempre ouvi essas lendas. Morei durante muitos anos na rua onde a procissão se inicia, na Dom Silvério, que tem um histórico de assombrações e situações que aconteciam. Quando criança tinha muito medo, mas a gente cresce e vê que são lendas e descobre outras histórias também” - Érica Chaves Pinto, turismóloga da Secretaria de Cultura, Turismo e Desportos de Mariana, já participou da procissão em 2011 e 2012.

 



Na frente de cada igreja, paramos para fazer uma prece aos mortos. As orações são todas cantadas, pedindo que as pessoas rezem para as almas que morreram sem pedir confissão” - Hebe Rôla, professora emérita da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e coordenadora do evento.
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Hebe Rôla também destaca a importância do evento do ponto de vista cultura e as dificuldades encontradas em realizá-lo:

Houve épocas, inclusive, conforme o padre, em que fomos combatidos e tivemos dificuldades. Não paramos, mas não éramos bem vistos aos olhos da Igreja. Agora isso não acontece mais. É a nossa identidade, a única hora em que o povo fala sem amarras, por isso, acho importante. (...)Nós representamos as lendas, não as encenamos. Às vezes, encenamos fora da procissão, durante o ano, em escolas e outras organizações. (...)Não existe uma versão definitiva sobre a Procissão das Almas e muito menos uma interpretação imutável sobre o significado da mesma e de sua representação. Mariana é uma cidade universitária, então vem muita gente de fora, querendo acabar com os hábitos e com a tradição, não frequentando a missa e os eventos da igreja, além das festas noturnas. Os moradores usam muito as lendas para tentar resgatar alguns princípios e manter a tradição da cidade. Por exemplo, a professora conta na escola com a finalidade de manter a obediência. O mais velho conta para o neto tentando mantê-lo longe das farras, sempre com a intenção de passar algum valor no qual ele acredita. Por trás da recontagem deles, via muito esse sentimento de manter as tradições e o patrimônio. (...)Vi que há uma relação íntima entra a Procissão das Almas, que é folclórica, e uma procissão muito antiga de franciscanos que saía de madrugada em Mariana, com caveiras, pois São Francisco fala muito que as pessoas vivem pensando na morte. Outra coisa que percebi é que há uma relação muito grande entre a Procissão das Almas e o período do padroado. Na nossa região havia a delação. Quem a fizesse ganharia a indulgência e iria para o céu. As pessoas eram obrigadas a fazer a confissão para a Igreja e a Coroa ficarem sabendo se havia roubo de ouro das minas. (...)As pessoas vêm uma vez e voltam, há uma continuidade na presença. Algumas já conhecem as lendas, mas como vem quem quer, às vezes aparecem participantes novos. Então eu renovo a contagem. É um trabalho muito espontâneo, já é uma coisa inata do folclore. Acho que a vantagem é essa. É uma preservação da tradição e a participação é espontânea”.


Nessa mesma procissão, outra lenda é retratada: “O Balaio da Pena”. Porém, dada sua importância, esse será retratado em um artigo específico. O evento é organizado pelo “Movimento Renovador” e pela “Academia Marianense Infanto-Juvenil de Letras”, sendo aberto ao público e totalmente gratuito. Caso tenham intenção de participar da festividade, mais informações podem ser obtidas no site do Idas Brasil, referenciado ao final desse artigo. 



Procissão das Almas não acontece mas segue conectada e presente à ...


Referências

Conheça Minas à https://goo.gl/ZDpvwo
Festas no Brasil à https://goo.gl/zsUJKo
Folha de Sabará à https://goo.gl/ri4EbM
Idas Brasil à https://goo.gl/Z9NXSf

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

CAPETA DO VILARINHO - A manifestação do diabo em um baile!

Gustavo Valente


Avenida Vilarinho e a Quadra do Vilarinho

A Avenida Vilarinho é uma das principais avenidas do bairro Venda Nova em Belo Horizonte. Por lá, sempre funcionaram muitos forrós, gafieiras e bailes de todos os tipos e gostos. Foi num desses bailes no final da década de 80, mais precisamente em um baile de forró da Quadra do Vilarinho, que teria acontecido a história que deu origem a essa lenda.

Dentre todos os salões, a “Quadra do Vilarinho” se destacava quanto à popularidade. Inaugurado em outubro de 1982 como um conjunto de quadras de futsal, a “Quadra do Vilarinho” começou a receber bailes populares em janeiro de 1983, quando o proprietário (Francisco Filizzola) passou a ser procurado por donos de equipes de som interessados em realizar esse tipo de eventos para atrair os jovens.  

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O dançarino misterioso

Em um sábado à noite, dezembro do ano de 1988, um rapaz bem apresentado adentrou o salão da famosa “Quadra do Vilarinho”, usando chapéu e gravata. Não demorou muito para que ele convidasse uma das moças presentes para dançar. Apesar do indivíduo ser estranho à comunidade que sempre frequentava o salão, ele não despertou nenhum tipo de estranheza entre os presentes, dada a forma cordial apresentada por seu comportamento e modo de vestir. Por causa disso, a garota aceitou o convite.

Após dar os primeiros passos da dança, a moça imediatamente percebeu que o rapaz tinha uma desenvoltura acima da média. Dessa forma, ela decidiu participar de um concurso de dança que iria ocorrer na quadra naquela noite, e ele a acompanhou. O casal dançou por longo tempo, com o rapaz demonstrado um excelente desempenho em vários estilos de danças diferentes, surpreendendo a todos os presentes. Mesmo sem um entrosamento prévio da dupla, eles conseguiram ficar em 2º lugar no concurso.


O capeta se revela

Resultado de imagem para capeta vilarinhoUm 2º lugar em um concorrido concurso de dança seria motivo de orgulho e alegria para a maioria das pessoas, mas essa colocação se tornou o motivo o terror e medo acontecido naquela noite. Ao saber o resultado, o rapaz alterou completamente seu comportamento e se enfureceu por não ter ficado em 1º. Após o ataque de nervos, ele voltou sua atenção para sua parceira, olhando-a como um semblante como se estivesse culpando-a pela perda do concurso. Na sequência, o indivíduo deixou enfurecido, a pista de dança. A moça então teria tentado puxá-lo pelo braço (ou acariciar seu rosto) numa tentativa de acalmá-lo. Nesse momento tudo se revelou! Sem querer, sua parceira fez com que o chapéu caísse ao chão, revelando a presença de chifres na cabeça do homem. A moça então disparou um grito apavorante que chamou a atenção de todos na quadra. Após as pessoas também observarem aquela visão assustadora, uma histeria coletiva foi iniciada no local. Em meio à confusão, o capeta teria começado a correr pela quadra, buscando refúgio em um dos banheiros da quadra. Relatos indicam que alguns dos presentes conseguiram perceber durante a fuga que o dançarino tinha patas de bode. A própria parceira de dança após ter visto os chifres também teria percebido essa característica. Alguns corajosos ainda tentaram ir atrás do capeta no banheiro, mas ao entrarem, os perseguidores nada encontraram. Misteriosamente o dançarino havia sumido e o local estava com um cheiro de enxofre muito forte. Enquanto voltavam para a quadra, eles perceberam que o capeta ainda estava lá, correndo em direção à saída. Um dos porteiros que controlava o fluxo de pessoas na quadra ainda tentou deter o dançarino, se colocando entre ele e a saída. Mas o capeta desferiu um golpe que deixou o porteiro no chão, conseguindo dessa forma ter uma fuga bem sucedida. A partir daí, o Capeta do Vilarinho nunca mais foi visto.


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Relatos

O professor Ricardo Malta afirma em entrevista ao programa “Terra de Minas” da Rede Globo Minas que estava presente na quadra no dia do ocorrido, sendo ele o vencedor do concurso de dança daquela noite. Ele ainda relata que o capeta era um cara “diferente do meio que frequentava a quadra e chamava muito atenção das mulheres”. Ainda segundo Ricardo, o indivíduo era “Loiro, com olhos claros, alto, de chapéu e bem vestido”. Ele ainda reparou que o rapaz tinha os pés muito pequenos para altura. Cerca de 5 anos após ver o capeta, Ricardo perdeu a visão, e ele não descartou a possibilidade disso ter relação com o ocorrido naquela noite de 1988.

Maciel da Trindade, o porteiro da quadra do Vilarinho, até hoje tem a cicatriz em sua perna proveniente do golpe recebido enquanto tentava impedir a fuga do capeta. Ele ainda afirma que não sabe se o individuo que o atacou era o capeta ou não, mas todos que estavam na quadra naquele dia diziam ter certeza que se tratava do Capeta do Vilarinho.





Repercussão

A notícia se espalhou rapidamente em Venda Nova, chegando ao conhecimento de estações de rádio e canais de TV da cidade. Repórteres foram enviados ao local para tentar captar, sem sucesso, uma nova aparição do capeta. Mesmo com a falta de provas concretas, a história ganhou grande conhecimento e fama na cidade, sendo conhecida como “A lenda do Capeta do Vilarinho”.

Na mídia, o tradicional quadrinista Celton (Lacarmélio Alfeu de Araújo), que percorre os semáforos de Belo Horizonte vendendo seus HQ’s, já desenhou 3 edições contando a história do Capeta do Vilarinho.

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O humorista e radialista mineiro Pascoal compôs um funk em homenagem ao suposto capeta. O refrão de tal funk repetia:

"só quero dançar…
só mais um pouquinho
só quero dançar…
só quero dançar…
lá no vilarinho!"



A loja online "Made in BH", especializada na fabricação e comércio de produtos que remetem à temática de Belo Horizonte, vendem um molho de pimenta chamado de  "Capeta do Vilarinho", em alusão a famosa lenda da cidade

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A verdade

Se você quer continuar achando que a lenda do Capeta da Vilarinho tem todo um lado místico e oculto, talvez seja melhor encerrar sua leitura por aqui. Mas se deseja acompanhar a conclusão da investigação, faz-se necessário a leitura dos parágrafos a seguir.

Segundo o professor Ricardo, que havia derrotado o capeta no concurso de dança, tudo não passa de uma história entre amigos, que após ser contada e recontada várias vezes, acabou se tornando uma “verdade”. Em 1988, um dos frequentadores da quadra havia consumido uma quantidade considerável de bebida alcóolica e ao final do baile, ele colocou em sua cabeça que havia ladrões dentro da quadra. Mas após chamar a polícia seu relato mudou, pois ele informava aos policias que estava vendo vultos. Na presença dos policiais, o indivíduo também começou a dizer que o capeta estava por ali. Ao perceber o estado do rapaz, os policiais não deram mais atenção a ele e voltaram para a delegacia, onde eles contaram a história para os outros policiais, que contaram para outras pessoas, e assim a lenda foi tomando forma e se espalhando.

O proprietário da quadra, Francisco Filizzola, também confirma que a lenda foi apenas uma história inventada: "Por volta de 1989 estávamos passando por dificuldades financeiras, precisávamos de uma história que nos daria mídia espontânea. Criamos então o capeta da Vilarinho, ligamos para um jornalista e deu certo, depois que o boato se espalhou, vários jornais e rádios nos procuraram". Francisco também confirma a versão contada pelo professor Ricardo, em que um amigo embriagado, conhecido como ronda Barão, inventou para policiais que havia um capeta na quadra: “Mandei ligar para a polícia e para uma emissora de rádio, que jogou a notícia imediatamente no ar”.




Referências

Jornal O Tempo à https://goo.gl/r7iTCa
Made in BH à https://goo.gl/2RdXBw
O Calafrio à https://goo.gl/2h8vba
Portal R7 à http://r7.com/d5RZ
Portal Uai à https://goo.gl/fKYxut

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

CABOCLO D’ÁGUA - Terror nos rios de Minas Gerais!

Tsug


O blog "Cabana do Terror" agora tem um canal no Youtube! Confira a matéria sobre o Caboclo d'Água em formato de vídeo, clicando no play abaixo:





A criatura

Resultado de imagem para caboclo d'águaCaboclo d'Água (também chamado como Nego d’Água, Crioulo d’Água, Bicho d’Água e Encantado do Rio) é um ser mítico habitante das águas do Rio São Francisco (que percorre Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas) e seus afluentes, protegendo esses cursos d’água e assombrando os pescadores e navegantes, chegando até mesmo a virar e afundar embarcações. O Caboclo d’Água também já foi identificado em vários locais além do Rio São Francisco, como o Rio Sapucaí (Sul de Minas), Rio do Carmo (Região Central Mineira) e no Rio das Mortes (Campo das Vertentes).

Ninguém sabe ao certo como surgiu a lenda do Caboclo d’Água, mas é provável que ela tenha se originado de uma lenda de tribos indígenas que habitavam as margens do rio São Francisco. A história mais aceita é que a criatura é resultante da reencarnação de uma mulher do século XVI que produzia sabão com o corpo das crianças que assassinava. Outros registros indicam que talvez a criatura possa ter sido originada do cruzamento entre macaco, galinha e lagartixa.

Também são se sabe quem foi o primeiro a avistá-lo, já que todas as informações sobre a criatura partem dos moradores e pescadores ribeirinhos. O primeiro registro data do ano de 1837, no qual o naturalista dinamarquês, Peter Lund, conhecido como o pai da paleontologia e arqueologia no Brasil, descreveu uma possível existência de um ser como o Caboclo d’Água em carta destinada a Real Academia de Copenhague. Atualmente, é contabilizado que aproximadamente 30 pessoas já o viram em Minas Gerais e em áreas do rio São Francisco.


Aparência

Os nativos descrevem o Caboclo d’Água como sendo um ser humanoide híbrido de peixe, troncudo e musculoso, com a pele apresentando uma tonalidade bronzeada, estatura baixa e que apresenta um único olho no meio da testa. Apesar de seu tipo físico avantajado, o Caboclo d'Água consegue se locomover rapidamente, principalmente no ambiente aquático. A criatura também pode viver fora da água, mas ele nunca se afasta das margens do rio São Francisco. Em outras regiões, o Caboclo d’Água tem sido identificado como uma criatura peluda com dois olhos, de dentes e unhas bastante avantajadas.


Resultado de imagem para caboclo d'água



Resultado de imagem para caboclo d'águaHá indícios que o caboclo d’Água também possa aparecer sob a forma de outros animais. Um pescador relata ter visto um animal morto boiando no rio, ao se aproximar com a canoa, notou que se tratava de um cavalo. Porém, de forma repentina, o animal rapidamente se submergiu nas águas do São Francisco. Em seguida, o barco começou a se mexer, e ao olhar na lateral da canoa, o pescador notou que o Caboclo d'Água estava agarrado junto à beirada, tentando virar a embarcação. O pescador então se lembrou de que trazia fumo em sua sacola (que é uma das oferendas que podem acalmar a criatura). Então ele o atirou nas águas, e o Caboclo d'Água saiu dando cambalhotas, mergulhando rio abaixo. Relatos também indicam que o Caboclo d’Água já adotou as formas de cobra, lagarto e jacaré.

Outras evidências apontam que o Caboclo d’Água possui uma aparência humanoide, mas também pode se transformar em embarcações, pedaços de madeira flutuante e até mesmo vapor.  



Comportamento

Resultado de imagem para caboclo d'águaSempre que o Caboclo d’Água sente-se ameaçado ou percebe que algo possa comprometer a proteção do Rio São Francisco ele tende a se manifestar atacando embarcações e pessoas nas margens do rio, principalmente pescadores. Relatos indicam que a criatura tem um temperamento forte, emitindo altos ruídos quando fica nervoso podendo ser ouvido em grandes distâncias, causando bastante temor na população ribeirinha.

Quando o Caboclo d’Água não gosta de um pescador, ele espanta os peixes do rio para longe do local onde a rede é lançada, mas, se o pescador lhe faz um agrado (como oferendas de fumo e cachaça), ele pode o ajudar atraindo os peixes para próximo de sua rede. Pescadores também acreditam que o caboclo d’Água tem a capacidade de controlar o curso das águas e o clima.


Tesouro

Acredita-se que o Caboclo d’Água passa a maior parte do tempo em uma gruta subterrânea presente nas porções mais profundas do rio São Francisco, onde ele guarda um grande tesouro composto principalmente de ouro e esmeraldas. Muitas pessoas já tentaram localizar essa gruta para se apoderar do ouro, mas nenhum indivíduo até hoje conseguiu encontra-la e inclusive alguns já até perderam a vida enquanto a procuravam. Acredita-se que só de se pensar em possuir o tesouro já faz com que o Caboclo d’Água persiga a pessoa.

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Como evitar

Para espantá-lo, os navegadores do São Francisco esculpem figuras chamadas carrancas (uma espécie de totem) às proas de seus barcos. Outros acreditam que ao lançarem fumo e cachaça nas águas a criatura tende a se acalmar. Também se pode tentar cravar facas no fundo de canoas para afugentar essa criatura, pois se acredita que o aço evita a manifestações de seres sobrenaturais. A população ribeirinha ainda relata que quando se pinta uma estrela branca no casco da embarcação, os navegadores também ficam protegidos dessa entidade.

Algumas fontes afirmam que pescadores também ofereciam peixes para que a criatura permitisse que os indivíduos atravessassem o rio. Porém, essa informação é contrastante ao fato do Caboclo d’Água viver nas águas e ter controle sobre o comportamento de peixes (espantando ou atraindo-os para redes de pescadores). Devido a essas características, é óbvio de se pensar que peixes é um item do qual o Caboclo d’Água teria fácil acesso. Nesse sentido, a oferenda desse produto não seria uma prática interessante para ganhar sua simpatia.

Glossário Da Mitologia Brasileira - V.L.I - Caboclo D'água em 2020 ...




Relatos

Em 2013, moradores do município de Barra Longa, localizado na Zona da Mata mineira, relataram que uma criatura peluda, de dentes/olhos/unhas grandes e apetite voraz aparecia nas águas e margens do Ribeirão do Carmo. Logo a criatura foi denominada como Caboclo d’Água entre a população local. Numa tentativa de conseguir captar alguma imagem da criatura, membros da Associação de Caçadores de Assombração de Mariana (ACAM) ofereceram R$1.000,00 para que pessoas ficassem em gaiolas de metalon parcialmente submersas no ribeirão servindo como iscas para atrair o Caboclo d’Água. O grupo seriam equipados com GPS, câmeras, rádios comunicadores, armas não letais e iscas com feromônios de bezerro para atração da criatura. A recompensa para quem conseguisse uma prova da existência da criatura era de R$10.000,00, mas até hoje não há informações sobre a conclusão da pesquisa.

Próximo à Barra Longa, no município de Mariana, o Caboclo d’Água foi incriminado como causador de alguns incidentes em cursos d’água:  
  • Perda dos testículos de um indivíduo que nadava em uma represa
  • Ataque sofrido por um pedreiro e a um homem de 92 anos
  • Boi inteiro ser comido ao entrar nas águas

Um açougueiro da região, Mucci Daniel Kfuri, relata já ter visto a criatura duas vezes enquanto investigava a morte de animais na beira do rio, confirmando que ele é do tamanho de um homem, peludo e com braços bem fortes. A criatura estava sentada numa pedra com um bezerro ensanguentado em suas mãos.





Referências

Eutanásia Mental à https://goo.gl/8Uw7SH
InfoEscola à https://goo.gl/bJ6aLr
Histórias & Variáveis à https://goo.gl/2YvSpv
Lendas de Minas Gerais à https://goo.gl/LcAyVi
Portal do Medo à https://goo.gl/ijjdbs
Portal dos Mitos à https://goo.gl/Zs2Nph
Portal G1 à https://goo.gl/oEqZvH
Terra Azul à https://goo.gl/AK691z
Tradições Populares das Vertentes à https://goo.gl/gQGmTn
Wikipedia à https://goo.gl/FDn7rs