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O blog "Cabana do Terror" agora tem um canal no Youtube! Confira a matéria sobre o Caboclo d'Água em formato de vídeo, clicando no play abaixo:
A criatura

Ninguém sabe ao certo como surgiu
a lenda do Caboclo d’Água, mas é provável que ela tenha se originado de uma
lenda de tribos indígenas que habitavam as margens do rio São Francisco. A
história mais aceita é que a criatura é resultante da reencarnação de uma
mulher do século XVI que produzia sabão com o corpo das crianças que
assassinava. Outros registros indicam que talvez a criatura possa ter sido
originada do cruzamento entre macaco, galinha e lagartixa.
Também são se sabe quem foi o
primeiro a avistá-lo, já que todas as informações sobre a criatura partem dos
moradores e pescadores ribeirinhos. O primeiro registro data do ano de 1837, no
qual o naturalista dinamarquês, Peter Lund, conhecido como o pai da
paleontologia e arqueologia no Brasil, descreveu uma possível existência de um
ser como o Caboclo d’Água em carta destinada a Real Academia de Copenhague. Atualmente,
é contabilizado que aproximadamente 30 pessoas já o viram em Minas Gerais e em
áreas do rio São Francisco.
Aparência
Os nativos descrevem o Caboclo
d’Água como sendo um ser humanoide híbrido de peixe, troncudo e musculoso, com
a pele apresentando uma tonalidade bronzeada, estatura baixa e que apresenta um
único olho no meio da testa. Apesar de seu tipo físico avantajado, o Caboclo
d'Água consegue se locomover rapidamente, principalmente no ambiente aquático.
A criatura também pode viver fora da água, mas ele nunca se afasta das margens
do rio São Francisco. Em outras regiões, o Caboclo d’Água tem sido identificado
como uma criatura peluda com dois olhos, de dentes e unhas bastante avantajadas.


Outras evidências apontam que o
Caboclo d’Água possui uma aparência humanoide, mas também pode se transformar
em embarcações, pedaços de madeira flutuante e até mesmo vapor.
Comportamento

Quando o Caboclo d’Água não gosta
de um pescador, ele espanta os peixes do rio para longe do local onde a rede é
lançada, mas, se o pescador lhe faz um agrado (como oferendas de fumo e cachaça),
ele pode o ajudar atraindo os peixes para próximo de sua rede. Pescadores também acreditam que o
caboclo d’Água tem a capacidade de controlar o curso das águas e o clima.
Tesouro
Acredita-se que o Caboclo d’Água
passa a maior parte do tempo em uma gruta subterrânea presente nas porções mais
profundas do rio São Francisco, onde ele guarda um grande tesouro composto
principalmente de ouro e esmeraldas. Muitas pessoas já tentaram localizar essa
gruta para se apoderar do ouro, mas nenhum indivíduo até hoje conseguiu
encontra-la e inclusive alguns já até perderam a vida enquanto a procuravam. Acredita-se
que só de se pensar em possuir o tesouro já faz com que o Caboclo d’Água
persiga a pessoa.
Como evitar
Para espantá-lo, os navegadores
do São Francisco esculpem figuras chamadas carrancas (uma espécie de totem) às proas
de seus barcos. Outros acreditam que ao lançarem fumo e cachaça nas águas a
criatura tende a se acalmar. Também se pode tentar cravar facas no fundo de
canoas para afugentar essa criatura, pois se acredita que o aço evita a
manifestações de seres sobrenaturais. A população ribeirinha ainda relata que
quando se pinta uma estrela branca no casco da embarcação, os navegadores
também ficam protegidos dessa entidade.
Algumas fontes afirmam que
pescadores também ofereciam peixes para que a criatura permitisse que os
indivíduos atravessassem o rio. Porém, essa informação é contrastante ao fato
do Caboclo d’Água viver nas águas e ter controle sobre o comportamento de
peixes (espantando ou atraindo-os para redes de pescadores). Devido a essas
características, é óbvio de se pensar que peixes é um item do qual o Caboclo
d’Água teria fácil acesso. Nesse sentido, a oferenda desse produto não seria
uma prática interessante para ganhar sua simpatia.

Relatos
Em 2013, moradores do município
de Barra Longa, localizado na Zona da Mata mineira, relataram que uma criatura
peluda, de dentes/olhos/unhas grandes e apetite voraz aparecia nas águas e
margens do Ribeirão do Carmo. Logo a criatura foi denominada como Caboclo
d’Água entre a população local. Numa tentativa de conseguir captar alguma
imagem da criatura, membros da Associação de Caçadores de Assombração de
Mariana (ACAM) ofereceram R$1.000,00 para que pessoas ficassem em gaiolas de
metalon parcialmente submersas no ribeirão servindo como iscas para atrair o
Caboclo d’Água. O grupo seriam equipados com GPS, câmeras, rádios
comunicadores, armas não letais e iscas com feromônios de bezerro para atração
da criatura. A recompensa para quem conseguisse uma prova da existência da
criatura era de R$10.000,00, mas até hoje não há informações sobre a conclusão
da pesquisa.
Próximo à Barra Longa, no
município de Mariana, o Caboclo d’Água foi incriminado como causador de alguns
incidentes em cursos d’água:
- Perda dos testículos de um indivíduo que nadava em uma represa
- Ataque sofrido por um pedreiro e a um homem de 92 anos
- Boi inteiro ser comido ao entrar nas águas
Um açougueiro da região, Mucci
Daniel Kfuri, relata já ter visto a criatura duas vezes enquanto investigava a
morte de animais na beira do rio, confirmando que ele é do tamanho de um homem,
peludo e com braços bem fortes. A criatura estava sentada numa pedra com um
bezerro ensanguentado em suas mãos.
Referências
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