Gustavo Valente
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Jornal “O Povo”✞
O “O Povo” é o mais antigo e
tradicional jornal da capital cearense. Fundando em 1928, ele já retratou
diversos temas diferentes em suas matérias. O que será abordado nesse texto é
justamente uma matéria publicada no “O Povo”, mais especificamente em 30 de
maio de 1934.
O título da matéria alarmava
sobre uma provável manifestação sobrenatural que estava acontecendo em
Fortaleza: “Uma casa mal assombrada no Otávio Bomfim – As visagens continuam”.
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A casa mal assombrada✞
A matéria abordava o fato que a publicação
do dia anterior sobre a fatídica casa tinha causado muita comoção popular,
fazendo com que vários curiosos fossem até o local para tentar presenciar algum
fenômeno. Apesar da matéria de 30 de maio ser encontrada na íntegra na
internet, a matéria do “dia anterior” citada no texto não é encontrada em local
algum. Então não sabemos a natureza do que foi publicado anteriormente, que foi
capaz de despertar tanto interesse dos leitores.
A reportagem informa que a casa
em questão era a de número 301, mas sem revelar qual o nome da rua. De acordo
com algumas testemunhas, ela se situava próxima à Avenida Domingos Olímpio. Seu
dono era conhecido como João Escóssio. Curiosos que se dirigiram até o local
reportaram ter presenciado manifestações como cadeiras flutuando com as pernas
para o alto. Alguns diziam ainda que Maria Águeda, uma menina que morava na
casa, foi alvejada repetidas vezes por objetos da casa, que eram arremessados
por algum “espírito louco”.
Por fim, é relatado também que
Maria Águeda foi submetida a uma sessão espírita durante altas horas da noite,
mas sem entrar em muitos detalhes. O proprietário anterior a João Escóssio
relatou que mudou daquela casa, pois durante as noites a família não conseguia
dormir, dado a quantidade de batidas e ruídos misteriosos que aconteciam no
local.
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Bairro Otávio Bonfim, Fortaleza - CE |
✞Desfecho
e explicações✞
O desfecho desse caso ainda
permanece em aberto. Não existe nenhuma outra informação, de forma pública, de
como se sucederam os fenômenos naquele local. Mas como todo Poltergeist,
provavelmente aqueles efeitos foram apenas um efeito temporário de Maria Águeda
estar entrando na puberdade. De acordo com estudos parapsicológicos de Padre
Quevedo, a maioria dos casos de Poltergeist se relaciona com a presença de
adolescentes do sexo feminino na casa. Apesar de a puberdade parecer ser um
fator desencadeante dessas perturbações parafísicas, o mecanismo pelo qual isso
se dá ainda não é bem esclarecido, fazendo com que essas ocorrências ainda
sejam abordadas dentro da área da parapsicologia.
✞Referências✞