terça-feira, 12 de maio de 2020

KATRIN MALEN – O fantasma do corredor!




Gustavo Valente

A menina fantasma no corredor

Se você já acessava a internet por volta do início dos anos 2000 e tinha o interesse em sites de terror, com certeza que já se deparou com a famosa foto de uma suposta garota fantasma que trajava um vestido preto e segurava uma boneca enquanto flutuava em um corredor. O saudoso e extinto blog “Creedus” foi um dos principais a dar repercussão a essa foto. Talvez essa possa ser considerada como um dos primeiros contos/relatos de terror que tenha viralizado na internet. Apesar de ser uma imagem famosa, acredito que pouquíssimas pessoas saibam da verdadeira história dessa menina.


Fantasma da Menina Diabólica no Corredor de Hospital na Indonésia ...



O suposto nome dessa garota fantasma é Katrin Malen. Sua aparição ocorreu supostamente na Indonésia. Quando sua foto ganhou a internet, rapidamente ela recebeu a alcunha de “A menina do corredor” e várias advertências a acompanham, como não salva-la no computador e não fixar os olhos na menina por mais de 30 segundos. Além disso, várias correntes do tipo “passe essa foto para x pessoas ou senão ela vai te amaldiçoar!” contribuíram para que a foto ganhasse mais notoriedade.


A origem da foto

Toda essa história se iniciou na Indonésia, quando um fotógrafo alemão chamado Kur Hants estava fazendo a cobertura da reinauguração do hospital infantil de Santem, em 1948, que havia sido alvo de um incêndio no ano anterior. Durante a visita, ele tirou uma série de fotos do local para posteriormente selecionar uma que melhor ilustraria a manchete. Mas ao chegar a seu estúdio, ele teve uma macabra surpresa revelando os negativos. Na foto do corredor de uma das alas, que estava supostamente vazio, surgiu a imagem aterrorizante dessa garota. 

Depois de analisar a foto por muito tempo, o fotógrafo decidiu enviá-la assim mesmo ao jornal. Entretanto, na gráfica as impressões da foto saíam todas borradas, impossibilitando sua veiculação no jornal. Então ele decidiu repassar a fotografia a outros colegas de profissão, contando toda a estória por trás dela e pedindo para que eles pudessem buscar uma explicação racional para aquilo. Para sua surpresa, ele descobriu que a imagem da foto podia variar de acordo com a pessoa. Alguns de seus colegas relataram que não viam nada demais, apenas um corredor vazio. Outras diziam conseguir ver outras entidades, além dessa. Também houve aqueles que juraram que a imagem se mexia, como se chamassem por eles ou fizesse um sinal de adeus.  

Esse foi o estopim para que o fotógrafo e seus colegas se interessassem e pesquisasse mais sobre quem poderia ser aquela garota e como ela apareceu na foto. Foi aí que eles chegaram ao nome de uma ex-paciente do hospital, chamada Katrin Malen.


A história de Katrin Malen

Katrin Malen era uma garotinha de 11 anos que vivia com seus pais (Ceron Malen e Enila Malen) em uma propriedade rural na Indonésia, no ano de 1946. A situação financeira da família não era muito boa. Devido à longa seca que pairava sobre o local, as plantas cultivadas pela família começaram a definhar e a sobrevivência dos animais que eles criavam começou a ficar comprometida. Diante disso, Ceron decide ir até a cidade vender seus animais antes que a estiagem os vitimassem. Além disso, ele também tentaria vender algumas armas e pólvora que estavam paradas em sua casa.  Ao saber que seu pai iria até a cidade, Katrin pediu que ele trouxesse uma boneca para ela. Mesmo sem muitas condições, o pai se sensibilizou com o pedido da filha (já que seu aniversário se aproximava) e prometeu retornar com a boneca.

Medo Sensitivo: Katrin Malen
Suposta fotografia de Katrin Malen

Na cidade, Ceron conseguiu vender alguns animais, mas logo ele teve que retornar para casa. O motivo era uma grande tempestade estava se formando! Apesar de isso atrapalhar suas vendas, a chuva seria muito bem vinda diante daquele cenário de seca. Ansiosa por causa da boneca, Katrin aguardava pelo retorno do pai na porta de casa. Ao visualiza-lo no horizonte, ela começou a correr em sua direção sem saber da tragédia que se aproximava. Enquanto a menina partia na direção do pai, um estrondoso trovão caiu na redondeza, assustando os cavalos que puxavam a carroça. Ceron não conseguia conter a agitação dos animais, e isso fez com que a carroça capotasse, espalhando muita pólvora. Com a carroça continuando a chocar ao solo, faíscas foram formadas e isso resultou em uma enorme explosão que ceifou a vida de Ceron imediatamente. Com o impacto, muitos dos objetos que estavam na carroça foram arremessados pelo ar. Coincidentemente, a boneca caiu intacta na frente de Katrin, que a abraçou enquanto olhava, paralisada, o corpo de seu pai ser consumido pelas chamas.

A partir daí, Katrin se tornou uma garota triste e reclusa. Vestia-se sempre de preto e não conseguia largar a boneca. Buscando novos ares, Enila resolveu vender aquelas terras e mudar para cidade de Santem com a filha e seu cão. Na nova casa, pela proximidade entre os quartos, Enila conseguia escutar que toda noite Katrin conversava com alguém. Preocupada, ela decidiu espiar sua filha e, com isso percebeu que as palavras da garota eram direcionadas à boneca. Cerca de um ano se passou, com Katrin ficando cada vez mais introvertida e fechada.

Certa noite, Enila acordou ouvindo o choro de Katrin, que também chamava desesperadamente por seu pai. Ao correr para ajuda-la, imaginando se tratar de um pesadelo, ela encontrou a boneca suja de sangue no quarto. Mesmo questionando sua filha sobre o que havia acontecido, Enila não obteve nenhuma resposta dado o grau de nervosismo da filha. Então a mãe decidiu tirar a boneca do quarto e limpá-la, mas ao abrir a porta dos fundos ela se deparou com seu cão morto, com o peito perfurado e sem coração. Desesperada, ela logo pensou que alguma pessoa má intencionada teria invadido a casa, mas nenhuma evidência nesse sentido foi observada.

Manos Guardanapo, Unidos Até na Lambança: A História de Katrin ...
Suposta fotografia de Katrin Malen
Depois desse incidente, ambas nunca mais teriam sossego naquela casa. Armários abrindo e fechando sozinhos, sons estranhos e desaparecimento de objetos começaram a acontecer frequentemente.  Desesperada, Enila pediu ajuda à sua irmã para que ela, juntamente com sua filha, Malina, passasse alguns dias na casa. A princípio, a chegada de sua irmã e sobrinha causou um pouco de tranquilidade àquele ambiente. Mas em um domingo pela madrugada, Enila acordou sentindo um cheiro de fumaça e ao se levantar, deparou-se com a boneca em chamas no meio da cozinha. Com a ajuda de vizinhos, as chamas foram contidas. Enila decidiu então jogá-la fora, mas no dia seguinte misteriosamente a boneca apareceu novamente no quarto de Katrin.

Malina sempre quis brincar com a boneca, mas Katrin jamais permitiu. Aproveitando-se de um momento de distração, Malina conseguiu se apoderar da boneca e brincar escondida. Ao se deparar com isso, Katrin tomou a boneca e disse que ela se arrependeria por ter feito aquilo. Na madrugada do mesmo dia, Enila e sua irmã acordaram em meio aos gritos vindos do quarto das meninas. Ao correrem para lá, se depararam com Malina morta, com uma perfuração no peito. Katrin estava de pé, segurando a boneca, de frente para o corpo da prima. Tanto a garota, como a boneca, estavam encharcadas de sangue. Transtornada com aquela cena, a reação de Enila foi agredir sua filha e a acorrentar na cama, onde ela permaneceu até ser internada no hospital de Santem.

No hospital, Katrin recusava a usar a roupa dos internos, e apenas aceitava vestir seus trajes pretos. A garota também demonstrava certa “abstinência” pela ausência da boneca. Seu estado foi piorando gradativamente com o passar do tempo. Diante disso, os médicos sugeriram que Enila levasse a boneca na próxima visita. Durante essa visita, enfermeiras estranharam o silêncio vindo do quarto e a demora de Enila em deixar o local. Ao abrirem a porta, elas se depararam com Enila morta! Katrin havia arrancado o coração com suas próprias unhas e o comia tranquilamente. Diante disso, ela foi novamente amarrada e fortemente sedada.

Tal incidente rapidamente se espalhou e a boneca se popularizou como um objeto amaldiçoado. A direção do hospital decidiu então incinerar a boneca, mas no exato momento que ela foi atirada às chamas, o hospital também começou a se incendiar, fato que levou a morte de várias pessoas, incluindo Katrin.

Após uma grande reforma e revitalização, o hospital infantil de Santem foi reaberto um ano após o incêndio, em 1948. Nesse ponto que entra a cobertura jornalística feita por Kur, quando a famosa foto teve sua origem.


A verdadeira história de Katrin Malen – A menina do corredor ...



Katrin Malen começa a assombrar os envolvidos

Em 1949, alguns amigos de Kur Hants encontraram o corpo dilacerado do fotógrafo em seu apartamento. Após a necropsia, foram constatados alguns achados bastantes intrigantes. Os olhos saltados refletiam que ele havia passado por algo aterrorizante. Em seu peito havia uma grande perfuração e lhe faltava o coração: o mesmo padrão das mortes anteriores relacionadas à Katrin. Sua mão direita estava repleta de sangue e nas suas unhas havia pedaços de tecidos humanos. Ou melhor, do próprio tecido. A explicação mais lógica que os legistas conseguiram dar é que o próprio fotógrafo havia causado a lesão. O caso foi considerado um suicídio e encerrado pela polícia.

Obviamente um ser humano não seria capaz de arrancar o próprio coração com as unhas e escondê-lo enquanto permanece consciente. Embora a polícia não conseguisse progredir mais nesse caso, os amigos de Kur não se contentaram com a hipótese de suicídio.

Após a morte de Kur, seu melhor amigo, Telman, ficou com algum de seus pertences, incluindo a câmera fotográfica e alguns negativos. Pouco tempo depois ele se mudou para a cidade de Estina. Lá ele permaneceu até 1975 quando morreu por parada cardíaca. Após sua morte, muitos de seus bens seriam leiloados, incluindo sua coleção de pinturas de autoria própria e os pertences do amigo fotógrafo. Isso despertou o interesse de Faila, uma jornalista evolvida com a cobertura de incidentes associados com Katrin. Sem dificuldade, ela conseguiu arrematar um pacote de seus pertences, que incluiam a câmera e negativos que anteriormente pertenciam a Kur, alguns dos quadros pintados por Telman e uma boneca muito antiga. Após revelar as fotos, Faila começou a analisa-las criteriosamente no escritório de sua casa. Na parede bem a frente de sua mesa estava um dos quadros de Telman, que retratava uma boneca parecida com aquela obtida no leilão.

A maioria das fotos estava desfocada e analisa-las com o avançar da noite estava deixando Faila com dor de cabeça e cansada. Mas para alívio da jornalista, as últimas fotos estavam nítidas e retratavam a cobertura que Kur tinha feito na reinauguração do Hospital de Santem. Ao passar as fotos, Faila teve um grande susto ao deparar com uma foto de Kur de frente a um espelho. Com uma mão ele segura a câmera e a outra estava afundada em seu peito, de onde muito sangue escorria. Imediatamente ela soltou aquelas fotos e, apavorada, deixou o escritório. Ela não conseguia acreditar que Kur fosse capaz de tirar a própria vida de uma forma tão brutal.

Após retomar o fôlego, Faila decidiu voltar ao escritório para analisar as fotos. Mesmo revirando o escritório e analisando foto por foto, ela não conseguia encontrar a foto do suicídio de Kur. Teria sido aquilo apenas algo da sua imaginação? Realmente ela estava muito cansada e poderia estar imaginando coisas. Mesmo intrigada, resolveu dormir e continuar a investigação quando estivesse mais relaxada. No meio da madrugada Faila acordou sentindo um cheiro de fumaça e escutando um forte estrondo vindo do escritório. Ao adentrar o cômodo, ela se deparou com o quadro da boneca caído ao chão. Tal acontecimento a deixou temerosa, e ao pegar o quadro do chão e observa-lo, ela ficou paralisada. Sentiu como se algo a chamasse e aos poucos foi se sentindo sufocada, até cair ao chão. Tentava, em vão, desesperadamente gritar. Mas nada ela podia fazer além de agonizar enquanto via vultos vagando pela casa. Gradativamente sua visão foi escurecendo até ficar em uma escuridão total.

Uma semana depois seu corpo foi encontrado em avançado estado de putrefação e a causa mortis foi determinada como um infarto. Embora Faila nunca tivesse um histórico de cardiopatia, na necrópsia seu coração estava muito escuro, como se tivesse carbonizado. 

Os anos se passaram e, em 1995, um jovem estudante norte-americano de artes ocultas chamado Henry decidiu ir até a Indonésia pesquisar evidências da lenda de Katrin Malen, bem como obter as antigas fotos de Kur. Os pertences que antes estavam em posse de Faila, agora eram expostos em um museu público, onde se aglomeravam todos os itens relacionados à lenda. Com um alto investimento, Henry conseguiu se apoderar de todos eles, o que incluía as fotos, relatos escritos por Faila, os quadros pintados por Telman e a boneca, que supostamente era a que pertencia à Katrin.

As fotos não apresentavam nada demais. Todas estavam borradas e já muito desfocadas pelo passar dos anos. Em registros de Faila estavam descritos, dentre outras coisas, detalhes da suposta foto do suicídio de Kur.

Quanto mais se aprofundava nas pesquisas, mais fascinado com aquela estória Henry ficava. O que lhe despertava mais interesse e intriga era descobrir o que levou Faila a morrer daquela forma. Um ano se passou sem que Henry interrompesse suas pesquisas. Em certo dia ele descobriu, em um livro, como fazer um ritual para invocar espíritos perturbados. Aquela poderia ser a chave para ele resolver o mistério: colher informações direto da fonte!

Então no dia 7 de janeiro de 1996 ele, seguindo o ritual, tentou comunicar-se com o espírito de Katrin Malen. O ritual envolvia o uso de velas, objetos religiosos, ervas específicas, caneta e o próprio sangue do conjurador. Horas se passaram sem que nenhum tipo de comunicação fosse bem sucedido. Henry segurava a caneta sobre um papel conforme o ritual estabelecia, mas nada era escrito. Em certo momento, sua mão começou a mover-se involuntariamente, e a caneta redigia no papel a seguinte frase: “Regresso por aquele que faz o que um dia fizemos”. Nenhuma outra sentença foi escrita e, intrigado, Henry decidiu encerrar o ritual e tentar interpretar seu único achado.

Os dias se passaram e acontecimentos estranhos, como barulhos surgindo no meio da madrugada, começaram a se manifestar na casa de Henry. Ele foi se tornando uma pessoa cada vez mais estranha e fechada. Mesmo os amigos que o procuravam preocupados, muitos deles que contribuíram para sua expedição à Indonésia, eram tratados com agressividade e indiferença. 

Certa vez, Henry tentava trabalhar em seu computador e sentia vultos passando com muita frequência. Logo depois seu cachorro começou a latir initerruptamente, impossibilitando que ele pudesse se concentrar em sua atividade. Bastante incomodado com isso, Henry se enfureceu e foi até seu cão para repreendê-lo. O animal ficou ainda mais agitado quando ele se aproximou, rosnando com um misto de raiva e medo. Foi então que Henry notou uma barra de ferro em seu lado direito e não hesitou em acerta-lo na cabeça, matando-o. Ainda não satisfeito, Henry utilizou a barra para cavar um buraco no peito do animal, transformando seu quintal em um cenário de carnificina. Após isso, ele voltou para seu escritório normalmente, tocando o teclado e mouse com as mãos encharcadas de sangue.

Minutos depois um estranho desejo tomou conta do seu ser. Guiado por esse instinto, ele vasculhou as gavetas em busca da foto do corredor do hospital de Santem. Após encontra-la, Henry a digitalizou e começou a fazer montagens, sobrepondo várias imagens a essa. Sua concentração nessa atividade era tamanha que nem percebeu que o espectro de Katrin Malen se aproximava dele pelas costas. Com muito esforço, Henry conseguiu recriar uma foto na qual Katrin aparecia no corredor segurando uma boneca. E assim que a foto foi finalizada, Katrin sussurrou a ele que a imagem deveria ser propagada, para que mais pessoas tivessem conhecimento da sua existência. Foi aí que Henry publicou a fotomontagem na internet e ela viralizou. Quando o último clique foi dado, Katrin colocou suas mãos gélidas e decompostas sobre os ombros de Henry, fazendo-o agonizar até a morte.

Dias depois vizinhos comunicaram à polícia que um forte cheiro vinha da casa de Henry. Ao chegarem lá, as autoridades encontraram o cadáver do estudante. A boneca foi recolhida de sua casa e analisada. Dentro dela havia vestígios de algum tecido humano apodrecido, que de acordo com as análises, sua composição era sugestiva de um coração humano. Exames posteriores indicaram que os tecidos pertenciam a Kur, mas até hoje fica o mistério de como aquilo foi parar dentro da boneca.



Explicações racionais para a foto

Umas das teorias mais aceitas pelos parapsicólogos sobre aparições “sobrenaturais” em fotos é a escotografia, também chamada de fotografia do pensamento. Padre Quevedo explica  que quando o fotógrafo tem algo muito intenso e constante em sua mente (como pensamentos em entes perdidos), no momento de tirar a fotografia uma energia chamada telergia é emitida de sua mente e dá origem a formação de imagens. Em outras palavras, em alguns casos os pensamentos podem, involuntária e incontroladamente, ser exteriorizado telergicamente possibilitando sua captura em fotografias.



Embora a escotografia seja um fenômeno comprovadamente verdadeiro, por ser de rara ocorrência e facilmente mimetizado por fraudes, torna-se muito difícil sua abordagem de forma científica. Alexandre Aksakof e McCarthy, pesquisadores da Society for Psychical Research pesquisaram o tema por volta dos séculos XIX e XX. Entretanto, fraudadores de fotos como Buguet e Leymarie na França; Reimers na Alemanha; Damiani na Itália; Hope, Mrs. Deane, Hudson, Parkes, Willie, Boursnell e outros na Inglaterra, comprometiam que o estudo pudesse ganhar notoriedade e credibilidade. Abaixo poderão ser conferidas algumas fotos em que comprovadamente ocorreram o fenômeno da escotografia.


PARAPSICOLOGIA DESCOBRE CRIME O Sr.... - Instituto Padre Quevedo ...

Assombrado: Como Tirar Fotos de Fantasmas

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A verdade

Já foi comprovado que a foto foi submetida à manipulação digital, e de forma bastante desleixada. Na barra do vestido da garota é possível ver uma linha verde bem contrastante, o que praticamente sugere que a imagem foi retirada de outra fonte e colocada em sobreposição na imagem do corredor (seguindo os mesmos princípios dos “chroma keys”, mas de forma pouco caprichada). Cortes grosseiros em alguns pontos do vestido e do cabelo reforçam ainda mais essa ideia. Quem fez a montagem provavelmente não teve muita paciência ou habilidade para contornar estruturas mais detalhadas como essas. Segundo especialistas, os olhos da garota têm fortes indícios de terem sido manipulados por “Dodge Tool” (técnica não-destrutiva de Photoshop para aplicar luz e sombra em fotos).

Entretanto, alguns defensores acreditam que esse traço verde tenha ligação com algum efeito dimensional quando se usa um óculo 3D para visualizar a imagem. Porém, muitas pessoas que usaram os óculos 3D para avaliar a imagem relataram não ter observado nenhum efeito.

Diante dessas evidências, como explicar o fato de algumas pessoas se depararem com Katrin após olhar a foto? A razão é muito simples. Tenho certeza que todo mundo já se deparou com alguma publicação de foto na qual era acompanhada por uma instrução para olhar fixamente em um ponto dela por algum tempo e em seguida olhar para uma parede branca. Magicamente a imagem era “projetada” na parede! No caso de Katrin Malen se tem o mesmo efeito. Seu padrão preto e branco permite que esse fenômeno de ilusão ótica aconteça. Caso esteja com dúvida (e coragem) faça o teste agora mesmo! Provavelmente, por causa disso havia a advertência de não olhar para essa foto por mais de 30 segundos.

Além da manipulação digital, muitos céticos afirmam que a menina da foto nada mais é que um manequim fantasiado.

O veredito final é que, apesar de macabras, a foto e a estória de Katrin Malen é apenas mais uma creepypasta inventada e publicada na internet. A manipulação digital da imagem é um fato já comprovado, e isso compromete totalmente a credibilidade de tudo que a rodeia. Mesmo que o personagem Henry tenha sido incluído na lenda, como um estudante que fez a fotomontagem ao ser orquestrado por Katrin, muitos pontos da estória abrem margem para contestação. Além disso, a falta de informações concretas praticamente confirma que toda a história da garota foi uma invenção. Os inúmeros assassinatos acontecidos e um incêndio de proporções colossais em um hospital de uma das maiores cidades da Indonésia não passariam despercebidos pelos veículos de imprensa da época. Basta lembrar que grandes incêndios da humanidade (como por exemplo, o grande incêndio de Chicago, de Tóquio, do Edifício Joelma), mesmo que ocorrendo há bastante tempo, foram amplamente documentados em vídeos, fotos e matérias jornalísticas.


Referências

Portugal Paranormal à https://bit.ly/2mj7xi9
Sense Terror à https://bit.ly/364unfS




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