Gustavo Valente
✞A menina fantasma no corredor✞
Se você já acessava a internet
por volta do início dos anos 2000 e tinha o interesse em sites de terror, com
certeza que já se deparou com a famosa foto de uma suposta garota fantasma que
trajava um vestido preto e segurava uma boneca enquanto flutuava em um
corredor. O saudoso e extinto blog “Creedus” foi um dos principais a dar
repercussão a essa foto. Talvez essa possa ser considerada como um dos
primeiros contos/relatos de terror que tenha viralizado na internet. Apesar de
ser uma imagem famosa, acredito que pouquíssimas pessoas saibam da verdadeira
história dessa menina.
O suposto nome dessa garota
fantasma é Katrin Malen. Sua aparição ocorreu supostamente na Indonésia. Quando
sua foto ganhou a internet, rapidamente ela recebeu a alcunha de “A menina do
corredor” e várias advertências a acompanham, como não salva-la no computador e
não fixar os olhos na menina por mais de 30 segundos. Além disso, várias
correntes do tipo “passe essa foto para x pessoas ou senão ela vai te
amaldiçoar!” contribuíram para que a foto ganhasse mais notoriedade.
✞A origem da foto✞
Toda essa história se iniciou na
Indonésia, quando um fotógrafo alemão chamado Kur Hants estava fazendo a
cobertura da reinauguração do hospital infantil de Santem, em 1948, que havia
sido alvo de um incêndio no ano anterior. Durante a visita, ele tirou uma série
de fotos do local para posteriormente selecionar uma que melhor ilustraria a
manchete. Mas ao chegar a seu estúdio, ele teve uma macabra surpresa revelando
os negativos. Na foto do corredor de uma das alas, que estava supostamente
vazio, surgiu a imagem aterrorizante dessa garota.
Depois de analisar a foto por
muito tempo, o fotógrafo decidiu enviá-la assim mesmo ao jornal. Entretanto, na
gráfica as impressões da foto saíam todas borradas, impossibilitando sua
veiculação no jornal. Então ele decidiu repassar a fotografia a outros colegas
de profissão, contando toda a estória por trás dela e pedindo para que eles
pudessem buscar uma explicação racional para aquilo. Para sua surpresa, ele
descobriu que a imagem da foto podia variar de acordo com a pessoa. Alguns de
seus colegas relataram que não viam nada demais, apenas um corredor vazio.
Outras diziam conseguir ver outras entidades, além dessa. Também houve aqueles
que juraram que a imagem se mexia, como se chamassem por eles ou fizesse um
sinal de adeus.
Esse foi o estopim para que o
fotógrafo e seus colegas se interessassem e pesquisasse mais sobre quem poderia
ser aquela garota e como ela apareceu na foto. Foi aí que eles chegaram ao nome
de uma ex-paciente do hospital, chamada Katrin Malen.
✞A história de Katrin Malen✞
Katrin Malen
era uma garotinha de 11 anos que vivia com seus pais (Ceron Malen e Enila Malen)
em uma propriedade rural na Indonésia, no ano de 1946. A situação financeira da
família não era muito boa. Devido à longa seca que pairava sobre o local, as
plantas cultivadas pela família começaram a definhar e a sobrevivência dos
animais que eles criavam começou a ficar comprometida. Diante disso, Ceron
decide ir até a cidade vender seus animais antes que a estiagem os vitimassem.
Além disso, ele também tentaria vender algumas armas e pólvora que estavam
paradas em sua casa. Ao saber que seu
pai iria até a cidade, Katrin pediu que ele trouxesse uma boneca para ela.
Mesmo sem muitas condições, o pai se sensibilizou com o pedido da filha (já que
seu aniversário se aproximava) e prometeu retornar com a boneca.
Suposta fotografia de Katrin Malen |
Na cidade,
Ceron conseguiu vender alguns animais, mas logo ele teve que retornar para casa.
O motivo era uma grande tempestade estava se formando! Apesar de isso
atrapalhar suas vendas, a chuva seria muito bem vinda diante daquele cenário de
seca. Ansiosa por causa da boneca, Katrin aguardava pelo retorno do pai na
porta de casa. Ao visualiza-lo no horizonte, ela começou a correr em sua
direção sem saber da tragédia que se aproximava. Enquanto a menina partia na
direção do pai, um estrondoso trovão caiu na redondeza, assustando os cavalos
que puxavam a carroça. Ceron não conseguia conter a agitação dos animais, e
isso fez com que a carroça capotasse, espalhando muita pólvora. Com a carroça
continuando a chocar ao solo, faíscas foram formadas e isso resultou em uma
enorme explosão que ceifou a vida de Ceron imediatamente. Com o impacto, muitos
dos objetos que estavam na carroça foram arremessados pelo ar.
Coincidentemente, a boneca caiu intacta na frente de Katrin, que a abraçou
enquanto olhava, paralisada, o corpo de seu pai ser consumido pelas chamas.
A partir daí,
Katrin se tornou uma garota triste e reclusa. Vestia-se sempre de preto e não
conseguia largar a boneca. Buscando novos ares, Enila resolveu vender aquelas
terras e mudar para cidade de Santem com a filha e seu cão. Na nova casa, pela
proximidade entre os quartos, Enila conseguia escutar que toda noite Katrin
conversava com alguém. Preocupada, ela decidiu espiar sua filha e, com isso percebeu
que as palavras da garota eram direcionadas à boneca. Cerca de um ano se
passou, com Katrin ficando cada vez mais introvertida e fechada.
Certa noite,
Enila acordou ouvindo o choro de Katrin, que também chamava desesperadamente
por seu pai. Ao correr para ajuda-la, imaginando se tratar de um pesadelo, ela
encontrou a boneca suja de sangue no quarto. Mesmo questionando sua filha sobre
o que havia acontecido, Enila não obteve nenhuma resposta dado o grau de
nervosismo da filha. Então a mãe decidiu tirar a boneca do quarto e limpá-la,
mas ao abrir a porta dos fundos ela se deparou com seu cão morto, com o peito
perfurado e sem coração. Desesperada, ela logo pensou que alguma pessoa má
intencionada teria invadido a casa, mas nenhuma evidência nesse sentido foi
observada.
Suposta fotografia de Katrin Malen |
Depois desse
incidente, ambas nunca mais teriam sossego naquela casa. Armários abrindo e
fechando sozinhos, sons estranhos e desaparecimento de objetos começaram a
acontecer frequentemente. Desesperada,
Enila pediu ajuda à sua irmã para que ela, juntamente com sua filha, Malina,
passasse alguns dias na casa. A princípio, a chegada de sua irmã e sobrinha
causou um pouco de tranquilidade àquele ambiente. Mas em um domingo pela
madrugada, Enila acordou sentindo um cheiro de fumaça e ao se levantar,
deparou-se com a boneca em chamas no meio da cozinha. Com a ajuda de vizinhos,
as chamas foram contidas. Enila decidiu então jogá-la fora, mas no dia seguinte
misteriosamente a boneca apareceu novamente no quarto de Katrin.
Malina sempre
quis brincar com a boneca, mas Katrin jamais permitiu. Aproveitando-se de um
momento de distração, Malina conseguiu se apoderar da boneca e brincar
escondida. Ao se deparar com isso, Katrin tomou a boneca e disse que ela se
arrependeria por ter feito aquilo. Na madrugada do mesmo dia, Enila e sua irmã
acordaram em meio aos gritos vindos do quarto das meninas. Ao correrem para lá,
se depararam com Malina morta, com uma perfuração no peito. Katrin estava de
pé, segurando a boneca, de frente para o corpo da prima. Tanto a garota, como a
boneca, estavam encharcadas de sangue. Transtornada com aquela cena, a reação
de Enila foi agredir sua filha e a acorrentar na cama, onde ela permaneceu até
ser internada no hospital de Santem.
No hospital,
Katrin recusava a usar a roupa dos internos, e apenas aceitava vestir seus
trajes pretos. A garota também demonstrava certa “abstinência” pela ausência da
boneca. Seu estado foi piorando gradativamente com o passar do tempo. Diante
disso, os médicos sugeriram que Enila levasse a boneca na próxima visita. Durante
essa visita, enfermeiras estranharam o silêncio vindo do quarto e a demora de
Enila em deixar o local. Ao abrirem a porta, elas se depararam com Enila morta!
Katrin havia arrancado o coração com suas próprias unhas e o comia
tranquilamente. Diante disso, ela foi novamente amarrada e fortemente sedada.
Tal incidente
rapidamente se espalhou e a boneca se popularizou como um objeto amaldiçoado. A
direção do hospital decidiu então incinerar a boneca, mas no exato momento que
ela foi atirada às chamas, o hospital também começou a se incendiar, fato que
levou a morte de várias pessoas, incluindo Katrin.
Após uma grande reforma e
revitalização, o hospital infantil de Santem foi reaberto um ano após o
incêndio, em 1948. Nesse ponto que entra a cobertura jornalística feita por
Kur, quando a famosa foto teve sua origem.
✞ Katrin Malen começa a assombrar os envolvidos✞
Em 1949, alguns amigos de Kur
Hants encontraram o corpo dilacerado do fotógrafo em seu apartamento. Após a
necropsia, foram constatados alguns achados bastantes intrigantes. Os olhos
saltados refletiam que ele havia passado por algo aterrorizante. Em seu peito
havia uma grande perfuração e lhe faltava o coração: o mesmo padrão das mortes
anteriores relacionadas à Katrin. Sua mão direita estava repleta de sangue e
nas suas unhas havia pedaços de tecidos humanos. Ou melhor, do próprio tecido. A
explicação mais lógica que os legistas conseguiram dar é que o próprio
fotógrafo havia causado a lesão. O caso foi considerado um suicídio e encerrado
pela polícia.
Obviamente um ser humano não
seria capaz de arrancar o próprio coração com as unhas e escondê-lo enquanto
permanece consciente. Embora a polícia não conseguisse progredir mais nesse
caso, os amigos de Kur não se contentaram com a hipótese de suicídio.
Após a morte de Kur, seu melhor
amigo, Telman, ficou com algum de seus pertences, incluindo a câmera
fotográfica e alguns negativos. Pouco tempo depois ele se mudou para a cidade
de Estina. Lá ele permaneceu até 1975 quando morreu por parada cardíaca. Após
sua morte, muitos de seus bens seriam leiloados, incluindo sua coleção de
pinturas de autoria própria e os pertences do amigo fotógrafo. Isso despertou o
interesse de Faila, uma jornalista evolvida com a cobertura de incidentes
associados com Katrin. Sem dificuldade, ela conseguiu arrematar um pacote de
seus pertences, que incluiam a câmera e negativos que anteriormente pertenciam
a Kur, alguns dos quadros pintados por Telman e uma boneca muito antiga. Após
revelar as fotos, Faila começou a analisa-las criteriosamente no escritório de
sua casa. Na parede bem a frente de sua mesa estava um dos quadros de Telman,
que retratava uma boneca parecida com aquela obtida no leilão.
A maioria das fotos estava
desfocada e analisa-las com o avançar da noite estava deixando Faila com dor de
cabeça e cansada. Mas para alívio da jornalista, as últimas fotos estavam
nítidas e retratavam a cobertura que Kur tinha feito na reinauguração do
Hospital de Santem. Ao passar as fotos, Faila teve um grande susto ao deparar
com uma foto de Kur de frente a um espelho. Com uma mão ele segura a câmera e a
outra estava afundada em seu peito, de onde muito sangue escorria. Imediatamente
ela soltou aquelas fotos e, apavorada, deixou o escritório. Ela não conseguia
acreditar que Kur fosse capaz de tirar a própria vida de uma forma tão brutal.
Após retomar o fôlego, Faila
decidiu voltar ao escritório para analisar as fotos. Mesmo revirando o escritório
e analisando foto por foto, ela não conseguia encontrar a foto do suicídio de
Kur. Teria sido aquilo apenas algo da sua imaginação? Realmente ela estava
muito cansada e poderia estar imaginando coisas. Mesmo intrigada, resolveu
dormir e continuar a investigação quando estivesse mais relaxada. No meio da
madrugada Faila acordou sentindo um cheiro de fumaça e escutando um forte
estrondo vindo do escritório. Ao adentrar o cômodo, ela se deparou com o quadro
da boneca caído ao chão. Tal acontecimento a deixou temerosa, e ao pegar o
quadro do chão e observa-lo, ela ficou paralisada. Sentiu como se algo a
chamasse e aos poucos foi se sentindo sufocada, até cair ao chão. Tentava, em
vão, desesperadamente gritar. Mas nada ela podia fazer além de agonizar enquanto
via vultos vagando pela casa. Gradativamente sua visão foi escurecendo até
ficar em uma escuridão total.
Uma semana depois seu corpo foi
encontrado em avançado estado de putrefação e a causa mortis foi determinada como um infarto. Embora Faila nunca
tivesse um histórico de cardiopatia, na necrópsia seu coração estava muito
escuro, como se tivesse carbonizado.
Os anos se passaram e, em 1995,
um jovem estudante norte-americano de artes ocultas chamado Henry decidiu ir
até a Indonésia pesquisar evidências da lenda de Katrin Malen, bem como obter
as antigas fotos de Kur. Os pertences que antes estavam em posse de Faila,
agora eram expostos em um museu público, onde se aglomeravam todos os itens
relacionados à lenda. Com um alto investimento, Henry conseguiu se apoderar de
todos eles, o que incluía as fotos, relatos escritos por Faila, os quadros
pintados por Telman e a boneca, que supostamente era a que pertencia à Katrin.
As fotos não apresentavam nada
demais. Todas estavam borradas e já muito desfocadas pelo passar dos anos. Em
registros de Faila estavam descritos, dentre outras coisas, detalhes da suposta
foto do suicídio de Kur.
Quanto mais se aprofundava nas
pesquisas, mais fascinado com aquela estória Henry ficava. O que lhe despertava
mais interesse e intriga era descobrir o que levou Faila a morrer daquela
forma. Um ano se passou sem que Henry interrompesse suas pesquisas. Em certo
dia ele descobriu, em um livro, como fazer um ritual para invocar espíritos
perturbados. Aquela poderia ser a chave para ele resolver o mistério: colher
informações direto da fonte!
Então no dia 7 de janeiro de 1996
ele, seguindo o ritual, tentou comunicar-se com o espírito de Katrin Malen. O
ritual envolvia o uso de velas, objetos religiosos, ervas específicas, caneta e
o próprio sangue do conjurador. Horas se passaram sem que nenhum tipo de
comunicação fosse bem sucedido. Henry segurava a caneta sobre um papel conforme
o ritual estabelecia, mas nada era escrito. Em certo momento, sua mão começou a
mover-se involuntariamente, e a caneta redigia no papel a seguinte frase: “Regresso
por aquele que faz o que um dia fizemos”. Nenhuma outra sentença foi escrita e,
intrigado, Henry decidiu encerrar o ritual e tentar interpretar seu único
achado.
Os dias se passaram e
acontecimentos estranhos, como barulhos surgindo no meio da madrugada,
começaram a se manifestar na casa de Henry. Ele foi se tornando uma pessoa cada
vez mais estranha e fechada. Mesmo os amigos que o procuravam preocupados,
muitos deles que contribuíram para sua expedição à Indonésia, eram tratados com
agressividade e indiferença.
Certa vez, Henry tentava
trabalhar em seu computador e sentia vultos passando com muita frequência. Logo
depois seu cachorro começou a latir initerruptamente, impossibilitando que ele
pudesse se concentrar em sua atividade. Bastante incomodado com isso, Henry se
enfureceu e foi até seu cão para repreendê-lo. O animal ficou ainda mais
agitado quando ele se aproximou, rosnando com um misto de raiva e medo. Foi
então que Henry notou uma barra de ferro em seu lado direito e não hesitou em acerta-lo
na cabeça, matando-o. Ainda não satisfeito, Henry utilizou a barra para cavar
um buraco no peito do animal, transformando seu quintal em um cenário de
carnificina. Após isso, ele voltou para seu escritório normalmente, tocando o
teclado e mouse com as mãos encharcadas de sangue.
Minutos depois um estranho desejo
tomou conta do seu ser. Guiado por esse instinto, ele vasculhou as gavetas em
busca da foto do corredor do hospital de Santem. Após encontra-la, Henry a
digitalizou e começou a fazer montagens, sobrepondo várias imagens a essa. Sua
concentração nessa atividade era tamanha que nem percebeu que o espectro de
Katrin Malen se aproximava dele pelas costas. Com muito esforço, Henry conseguiu
recriar uma foto na qual Katrin aparecia no corredor segurando uma boneca. E
assim que a foto foi finalizada, Katrin sussurrou a ele que a imagem deveria
ser propagada, para que mais pessoas tivessem conhecimento da sua existência.
Foi aí que Henry publicou a fotomontagem na internet e ela viralizou. Quando o
último clique foi dado, Katrin colocou suas mãos gélidas e decompostas sobre os
ombros de Henry, fazendo-o agonizar até a morte.
Dias depois vizinhos comunicaram à
polícia que um forte cheiro vinha da casa de Henry. Ao chegarem lá, as
autoridades encontraram o cadáver do estudante. A boneca foi recolhida de sua
casa e analisada. Dentro dela havia vestígios de algum tecido humano
apodrecido, que de acordo com as análises, sua composição era sugestiva de um
coração humano. Exames posteriores indicaram que os tecidos pertenciam a Kur,
mas até hoje fica o mistério de como aquilo foi parar dentro da boneca.
✞Explicações racionais para a foto✞
Umas das teorias mais aceitas pelos
parapsicólogos sobre aparições “sobrenaturais” em fotos é a escotografia,
também chamada de fotografia do pensamento. Padre Quevedo explica que quando o fotógrafo tem algo muito intenso e constante em sua mente (como
pensamentos em entes perdidos), no momento de tirar a fotografia uma energia
chamada telergia é emitida de sua mente e dá origem a formação de imagens. Em
outras palavras, em alguns casos os pensamentos podem, involuntária e
incontroladamente, ser exteriorizado telergicamente possibilitando sua captura
em fotografias.
Embora a escotografia seja um
fenômeno comprovadamente verdadeiro, por ser de rara ocorrência e facilmente
mimetizado por fraudes, torna-se muito difícil sua abordagem de forma científica.
Alexandre Aksakof e McCarthy, pesquisadores da Society for Psychical Research
pesquisaram o tema por volta dos séculos XIX e XX. Entretanto, fraudadores de
fotos como Buguet e Leymarie na França; Reimers na Alemanha; Damiani na Itália;
Hope, Mrs. Deane, Hudson, Parkes, Willie, Boursnell e outros na Inglaterra, comprometiam
que o estudo pudesse ganhar notoriedade e credibilidade. Abaixo poderão ser
conferidas algumas fotos em que comprovadamente ocorreram o fenômeno da
escotografia.
✞A verdade✞
Já foi comprovado que a foto foi
submetida à manipulação digital, e de forma bastante desleixada. Na barra do
vestido da garota é possível ver uma linha verde bem contrastante, o que
praticamente sugere que a imagem foi retirada de outra fonte e colocada em sobreposição
na imagem do corredor (seguindo os mesmos princípios dos “chroma keys”, mas de
forma pouco caprichada). Cortes grosseiros em alguns pontos do vestido e do
cabelo reforçam ainda mais essa ideia. Quem fez a montagem provavelmente não
teve muita paciência ou habilidade para contornar estruturas mais detalhadas
como essas. Segundo especialistas, os olhos da garota têm fortes indícios de
terem sido manipulados por “Dodge Tool” (técnica não-destrutiva de Photoshop para
aplicar luz e sombra em fotos).
Entretanto, alguns defensores
acreditam que esse traço verde tenha ligação com algum efeito dimensional
quando se usa um óculo 3D para visualizar a imagem. Porém, muitas pessoas que usaram
os óculos 3D para avaliar a imagem relataram não ter observado nenhum efeito.
Diante dessas evidências, como
explicar o fato de algumas pessoas se depararem com Katrin após olhar a foto? A
razão é muito simples. Tenho certeza que todo mundo já se deparou com alguma
publicação de foto na qual era acompanhada por uma instrução para olhar
fixamente em um ponto dela por algum tempo e em seguida olhar para uma parede
branca. Magicamente a imagem era “projetada” na parede! No caso de Katrin Malen
se tem o mesmo efeito. Seu padrão preto e branco permite que esse fenômeno de
ilusão ótica aconteça. Caso esteja com dúvida (e coragem) faça o teste agora
mesmo! Provavelmente, por causa disso havia a advertência de não olhar para
essa foto por mais de 30 segundos.
Além da manipulação digital,
muitos céticos afirmam que a menina da foto nada mais é que um manequim
fantasiado.
O veredito final é que, apesar de
macabras, a foto e a estória de Katrin Malen é apenas mais uma creepypasta inventada
e publicada na internet. A manipulação digital da imagem é um fato já
comprovado, e isso compromete totalmente a credibilidade de tudo que a rodeia. Mesmo
que o personagem Henry tenha sido incluído na lenda, como um estudante que fez
a fotomontagem ao ser orquestrado por Katrin, muitos pontos da estória abrem
margem para contestação. Além disso, a falta de informações concretas praticamente
confirma que toda a história da garota foi uma invenção. Os inúmeros
assassinatos acontecidos e um incêndio de proporções colossais em um hospital de
uma das maiores cidades da Indonésia não passariam despercebidos pelos veículos
de imprensa da época. Basta lembrar que grandes incêndios da humanidade (como
por exemplo, o grande incêndio de Chicago, de Tóquio, do Edifício Joelma),
mesmo que ocorrendo há bastante tempo, foram amplamente documentados em vídeos,
fotos e matérias jornalísticas.
✞Referências✞
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