sábado, 25 de setembro de 2021

CHUPA-CABRA - A criatura sedenta por sangue!

 

Augur

 

 

Introdução


Durante os anos 90 casos misteriosos de animais que apareciam mortos sem deixarem qualquer vestígio de sangue aterrorizavam principalmente os moradores da zona rural. Estes eventos foram manchete dos principais jornais e programas televisivos durante meses até gradualmente desaparecerem dos noticiários. Apesar de o fenômeno ter ocorrido em regiões muito diversas e distantes umas das outras, as mortes eram todas muito parecidas. Os casos se mantiveram inexplicados, porém eram sempre apontados como obra de uma criatura que se alimentava exclusivamente de sangue, o Chupa-cabra.




Histórico

 

O nome “Chupa-cabra” foi cunhado em 1995 pelo comediante e DJ de rádio Silverio Pérez ao comentar sobre o primeiro caso relatado. O ocorrido tomou lugar em Porto Rico, onde oito cabras foram encontradas mortas pelo fazendeiro proprietário dos animais. Cada cabra tinha três perfurações no tórax e haviam sido completamente esvaídas de sangue. Poucos meses depois, em agosto de 1995, uma testemunha ocular chamada Madelyne Tolentino relatou ter visto a criatura na cidade porto-riquenha de Canóvanas, onde cerca de 150 animais de fazenda e de estimação foram mortos.

 

Logo os ataques começaram a surgir em outros países, dentre eles República Dominicana, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Panamá, México, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Estados Unidos e Brasil. Esses ataques eram caracterizados por ocorrem no mesmo dia ou em dias próximos, ocorrendo principalmente em áreas rurais vitimando criações de cabras ou de vacas. Os relatos deixaram os investigadores policiais intrigados e sem uma resposta que solucionaria o caso. No Brasil, ataques do chupa-cabra foram noticiados a partir de 1997. Os primeiros na cidade de Campina Grande do Sul, no Paraná. O interior da região Sul e o interior de São Paulo tiveram ocorrências semelhantes.

 

Apesar da maioria dos casos conhecidos mundialmente se concentrarem na década de 90, já em 1975, uma série de mortes de gado na pequena cidade de Moca (República Dominicana) foram atribuídas a “el vampiro de Moca” (o vampiro de Moca). Inicialmente, suspeitou-se que as mortes foram cometidas por um culto satânico. No entanto muitos fazendeiros continuaram a relatar a morte de animais por toda a ilha. Nos relatos todos os animais foram encontrados com seu corpo drenado de sangue por meio de uma série de pequenas incisões circulares.

 

Características

 


A descrição mais comum do Chupa-cabra é a de uma criatura semelhante a um réptil, com cerca de 90 cm a 1,20 m de altura, pele semelhante a couro ou escamosa de coloração cinza-esverdeada e espinhos afiados ou penas escorrendo pelas costas e que se levanta e pula de maneira semelhante à um canguru.

 

Outra descrição comum do Chupa-cabra é de uma estranha raça de cachorro selvagem. Esta forma é em sua maioria sem pelos e tem uma crista espinhal pronunciada além de órbitas oculares, presas e garras também anormalmente pronunciadas.

 

Ao contrário dos predadores convencionais, diz-se que o Chupa-cabra drena todo o sangue do animal, às vezes os órgãos, por meio de três orifícios em forma de triângulo apontando para baixo, mas às vezes por apenas um ou dois orifícios. Em muitos casos, essas perfurações eram simétricas e limpas, sem sinal de mastigação. A dificuldade de associar essa marca ao ataque de um animal comum levou à suposição da criatura Chupa-cabra. Além disso, as principais vítimas dos ataques eram animais domésticos, como galinhas, vacas, cães, ovelhas e, claro, cabras.

 

 

Relatos

 

Os relatos da década de 90 não detalhavam muito sobre cada acontecimento, geralmente focavam na morte dos animais e nas lesões encontradas nos mesmos, apenas somando mais uma ocorrência ao total e sem situar ou explorar a história em sua individualidade. Das poucas vezes em que o conteúdo era explorado não passava de uma matéria sensacionalista, como o achado do suposto crânio de Chupa-cabra apresentado no programa Domingo Legal do SBT, mas que posteriormente foi identificado como sendo o corpo de uma arraia seca. No entanto, quando o Chupa-cabra retornou a ser o centro das notícias na mídia internacional na virada do novo milênio as histórias passaram a ser contadas com maior riqueza de detalhes incluindo relatos das testemunhas.

 



Em 2012, no México, a morte de 35 ovelhas em uma fazenda causou comoção para os habitantes da cidade de Paracuaro. Todos acreditam que o feito era obra do Chupa-cabra, tendo inclusive uma testemunha que dizia ter presenciado um animal com grandes presas, garras protuberantes e asas realizando o ataque. Segundo a imprensa do Estado de Michoacán, as ovelhas todas foram mortas nas primeiras horas da madrugada e todas apresentavam marcas de dentes e garras na altura do pescoço, sendo que as ovelhas viviam em um curral junto a vacas, cavalos e porcos, e mesmo assim foram as únicas atacadas. A falta de evidências, porém não traz muita credibilidade ao relato, tendo apenas um vídeo das consequências do suposto ataque. Loren Coleman, diretor do Museu Internacional de Criptozoologia em Portland, Maine (EUA) acredita que os animais podem ter morrido simplesmente por causa de alguma doença e não por causa do ataque de um predador. Para Coleman, qualquer ataque misterioso é sempre atribuído ao Chupa-cabra. Além disso, ao contrário do que foi dito não foram todas as ovelhas que foram mortas e os cadáveres não mostraram uma mutilação muito grande.

 

Se a filmagem de animais mortos não é evidência suficiente, moradores de Picayune, no estado do Mississippi (EUA) filmaram em 2013 uma criatura estranha que eles acreditam que poderia ser um Chupa-cabra. Jennifer Whitfield afirmou que a criatura parecia um “cão zumbi” e depois de postar o vídeo on-line, Jennifer descobriu que vizinhos também ficaram assustados ao ver o animal. Amanda Denton, uma das vizinhas disse “fiquei olhando e não parava de dizer; é um Chupa-cabra”. Jonathan, marido de Amanda, disse “eu não sabia o que era, mas talvez seja um Chupa-cabra". Ele ligou para o serviço de controle de animais, mas os agentes do órgão não conseguiram capturá-lo. O Departamento de Vida Selvagem do Mississippi alertou os moradores para manter distância da criatura.

 


Além das filmagens, outras supostas evidências do Chupa-cabra também viraram notícia. Na Argentina em 2013, a família Fernández, residente de Esteban de Luca, mantém em casa a carcaça de um animal que se parece com o Chupa-cabra. Os restos mortais da criatura geraram espanto e temor entre os moradores quando a viram, pela primeira vez, na casa da família Fernández. A carcaça foi encontrada há dois anos e meio em um campo na cidade de Vera, no norte da província de Santa Fé, e é guardado por Stella Maris Fernández e sua família. Stella gostaria que o esqueleto fosse estudado por uma instituição científica, para determinar que tipo de animal é, pois para ela “é a coisa mais próxima de um extraterrestre que já vi em minha vida”.

 



Talvez o relato mais evidenciado e verossímil seja o da caçadora Phylis Canion. Canion morou na África por quatro anos e foi caçadora durante toda a sua vida tendo inclusive cabeças de zebras e de outros animais exóticos expostas em sua casa para quem duvidar de seu histórico. Contudo, Canion se deparou com um animal atropelado perto de sua fazenda e o aspecto da criatura foi novidade até para ela. Devido a peculiaridade do achado, a caçadora decidiu conservar a cabeça da criatura no freezer, pois acredita que possa estar guardando a cabeça do Chupa-cabra e espera que por meio de exames de DNA seja possível analisar a linhagem da criatura. A cabeça parece ser de um mamífero com orelhas compridas, dentes grandes e projetados e pele azul-acinzentada quase sem pelos, descrito pela caçadora como “uma criatura horrível”.

 

Phylis Canion


O que torna este caso mais curioso é que Canion e muitos proprietários de regiões rurais suspeitam há anos que um chupa-cabra tenha matado cerca de 26 galinhas de suas fazendas num período de dois anos. A caçadora diz já ter visto muitas coisas horríveis, mas nunca tinha visto nada assim, o que a levou a crer na possibilidade de que o culpado pelas mortes não tenha sido algum coiote, mas sim a criatura-vampiro, pelo fato de que as galinhas não foram devoradas ou arrastadas, mas sim tiveram todo o sangue drenado.

 

Apesar de a caçadora acreditar que a criatura possa ser o cruzamento de duas ou três espécies diferentes, o veterinário Travis Schaar do Main Street Animal Hospital de uma cidade das redondezas chamada Victoria também acredita que a criatura chamada de Chupa-cabra pelos fazendeiros possa ser nada mais que um cão de raça desconhecida, filhotes mutantes de cachorros ou um novo tipo de cão vira-lata. Em relação ao hábito de sugar o sangue, Schaar explicou que essa espécie particular de cães pode simplesmente ter uma preferência por sangue, deixando que a presa sangre para depois suga-lo.

 

Mais recentemente, em outubro e dezembro de 2018, houve muitos relatos de suspeita de Chupa-cabra em Manipur (Índia). Talvez essa seja a primeira vez que o Chupa-cabra tenha sido ligado a um acontecimento longe das Américas. Muitos animais domésticos e aves foram mortos de maneira suspeita, semelhante a outros ataques de Chupa-cabra, e várias pessoas relataram terem visto essa criatura. No entanto, especialistas forenses opinaram que os cães de rua foram responsáveis pela matança em massa de animais domésticos e aves domésticas após estudar os restos de um cadáver. Já em outubro de 2019, um vídeo gravado pelo Mundo Ovni mostrou os resultados de um suposto ataque a frangos no setor Seburuquillo de Lares (Porto Rico).

 

 

Teorias e refutes


As mais diversas teorias sobre o que causava os ataques ou o que era o Chupa-cabra foram criadas. Abordaram-se desde a possibilidade sugerida pelo jornalista Jorge Martín, autor do livro “La Conspiración Chupacabra”, de que cultos satânicos tenham aproveitado a onda de medo para extrair sangue dos animais para algum ritual de sacrifício, passando por ataque de vândalos humanos, até a uma nova espécie de morcego-vampiro. Nenhuma das ideias eram realmente embasadas, mas apenas hipóteses que pareciam explicar o acontecido para que todos pudessem deixar a questão de lado.

 

Apesar até de teorias de que a criatura seria o demônio, algo comum nos anos 90, já surgiam teorias mais “científicas” para tentar explicá-la. A primeira delas é de que se tratava de uma criatura extraterrestre, como um animal de estimação de alguma raça alienígena que o abandonou, teoria aceita por pessoas como o ufólogo Carlos Alberto Machado, do Centro de Investigação e Pesquisa Exobiológica, de Curitiba, que afirma ter avistado um objeto voador não identificado na região de Campina Grande do Sul no momento dos ataques. No entanto, a aparência alienígena do Chupa-cabra ganhou fama a partir do relato de Madelyne Tolentino (porto-riquenha que foi uma das primeiras supostas testemunhas oculares) que foi refutada por Benjamin Radford em seus cinco anos de investigação documentadas no livro “Tracking the Chupacabra” (2011). Radford concluiu que a descrição dada por Madelyne foi baseada na criatura Sil do filme de terror/ficção-científica “A experiência” (Species, no original em inglês) de 1995. A criatura do filme é idêntica ao Chupa-cabra de Madelyne e ela havia assistido o filme antes do relato. Radford revelou que Tolentino “acreditava que as criaturas e eventos vistos em Species estavam acontecendo na vida real em Porto Rico naquela época” e que por isso “a mais importante descrição do Chupa-cabra não é confiável”. Ele afirma, porém, não acreditar que os relatos sobre o chupa-cabra eram mentira, mas simplesmente o fruto de imaginações extremamente férteis.


Benjamin Radford


Para outros ufólogos, a criatura era resultado de um cruzamento entre um alienígena e um animal terrestre realizado por cientistas da NASA que conseguiu escapar do cativeiro. O jornalista Jorge Martín também levanta a teoria de que a criatura seja um ser humano que sofreu diversos testes do governo dos EUA com armas químicas e outras substâncias experimentais em Porto Rico, e que, por fim, acabou fugindo da prisão. Em contrapartida, Radford aponta para o forte sentimento antiamericano em toda a América Latina como parte dessa explicação. Isso é particularmente forte em Porto Rico, protetorado dos EUA: “Falei com vários porto-riquenhos, que sentiam que os Estados Unidos os havia explorado, enganado e ignorado, economicamente e de outras formas     “. Muitos porto-riquenhos acreditam que os Chupa-cabras são outra indicação da exploração americana: seriam o resultado de experiências científicas ultrassecretas promovidas pelos Estados Unidos na floresta de El Yunque, não muito longe da cidade onde Madelyne Tolentino fez o primeiro relato sobre a criatura.

 

Por sua vez, os encontros de Chupa-cabras com aparência canina foram creditados como coiotes com sarna por Barry O’Connor, biólogo da Universidade de Michigan. O’Connor explica que a sarna é uma doença causada por escavação de ácaros sob a pele dos animais causando perda extrema de pelos, aparência similar a descrita por pessoas que alegam terem visto o Chupa-cabra. Análises de carcaças do Chupa-cabra por cientistas indicaram se tratar dessa doença, que é causada pela mesma espécie de ácaro (Sarcoptes scabiei) que inicia a coceira conhecida como sarna nas pessoas. O biólogo explica que casos graves de sarna podem deixar cães selvagens suscetíveis a infecções bacterianas de pele, produzindo um odor fétido além da perda de pelos e espessamento da pele do animal. O resultado final seria “um animal feio, nu, fedorento, monstruoso e de couro“ caracterizado pela “síndrome do Chupa-cabra.” Ademais, a condição enfraquecida dos animais infestados pela sarna poderia levá-los a caçar presas mais fáceis como animais domésticos, “porque esses animais estão realmente debilitados, eles se desgastarão muito caçando. Então eles são forçados a atacar o gado porque é mais fácil do que correr atrás de um coelho ou veado.”

 



Em relação às vítimas, Benjamin Radford dividiu os relatórios do Chupa-cabra em duas categorias: os relatórios de Porto Rico e da América Latina, onde animais foram atacados e supostamente seu sangue foi extraído; e os relatos nos Estados Unidos de mamíferos, principalmente cães e coiotes com sarna, que as pessoas chamam de Chupa-cabras devido à sua aparência incomum. Na primeira categoria, a completa falta de sangue nunca foi confirmada por necropsia, que seria a única forma de concluir que o sangue do animal foi drenado. Uma análise feita por um veterinário de 300 vítimas do Chupa-cabra descobriu que eles não haviam sido sangrados. Essa ideia pode ter se propagado devido às marcas no pescoço das vítimas que costumam ser relacionadas com vampiros, graças à lenda do Drácula, mas os animais que se alimentam efetivamente do sangue de outros não agem assim, como observa o pesquisador Bill Schutt, do Museu de História Natural de Nova York: “As espécies que sugam o sangue o procuram perto da superfície da pele, o que não é o caso da veia jugular, por exemplo”. Além disso, comparando características de animais vampiros, como os morcegos, e dos Chupa-cabras, há poucas semelhanças. Os vampiros, segundo Schutt, são pequenos e furtivos, com dentes especializados e um sistema digestivo que lhes permite extrair nutrientes do sangue. Uma criatura do tamanho de um cachorro “morreria de fome rapidamente se alimentando de sangue”, segundo ele, por causa da falta de nutrientes essenciais como a gordura. Além da presença desses sinais de mordidas, Radford acredita que os rancheiros que encontraram os corpos dos animais atacados podiam atribuir a morte deles a um vampiro depois de examiná-los e cortá-los, observando que o sangue não jorrava. “Quando um animal morre, o coração para de bater e não há mais pressão sanguínea”, explica. “O sangue se acumula na parte mais baixa do corpo e então coagula e se espessa. Isso se conhece como lividez, e dá a ilusão de que o sangue foi retirado do corpo”.

 

Considerando a segunda categoria de Radford, embora várias testemunhas tenham chegado à conclusão de que os ataques não poderiam ser obra de cães ou coiotes porque eles não comeram a vítima, essa conclusão é incorreta. Tanto os cães quanto os coiotes podem matar e não consumir a presa, seja por serem inexperientes, seja por ferimentos ou dificuldade em matar a presa. A presa pode sobreviver ao ataque e morrer depois de hemorragia interna ou choque circulatório. A presença de dois buracos no pescoço, correspondendo aos dentes caninos, é esperada, uma vez que é a única maneira que a maioria dos carnívoros terrestres tem para capturar suas presas. Apesar de no Brasil o Chupa-cabra ter seguido o padrão da América Latina e não era descrito como algo parecido com um cachorro, técnicos do Zoológico de Curitiba já identificavam as perfurações encontradas no pescoço das vítimas como marcas de caninos de animais como lobos, raposas, suçuaranas, jaguatiricas ou cães selvagens. O médico legista Fortunato Badan Palhares, do Departamento de Medicina Legal da Unicamp, concluiu que um ataque creditado ao Chupa-cabra em Presidente Prudente foi realizado por um cachorro-do-mato.

 

 

Conclusão

 

O Chupa-cabra talvez seja uma das criaturas místicas mais discutidas tendo vindo à tona como um ser sobrenatural de aspecto alienígena, passando recentemente a ter feições mais animalescas e consequentemente mais facilmente explicáveis, e talvez sendo confundida, ou até mesmo, a própria criatura vampiresca já descrita em outros tempos. Não há como negar que alguma coisa aconteceu a todos esses animais vitimados pelo Chupa-cabra. São inúmeros os relatos de testemunhas de diversas localidades distribuídas pelo mundo, além das provas fotográficas e filmagens. Mesmo assim alguns menosprezam a criatura, seja ela paranormal ou normal, mas apenas desconhecida, culpando as mortes à seitas macabras, envenenamentos ou doenças, que por sua extensão global, modus operandi e seletividade nas vítimas, talvez seja uma visão mais ingênua do que na própria crença da criatura mítica. Até hoje não sabemos se o Chupa-cabra é algo maléfico, um mamífero facilmente explicado pela ciência tentando sobreviver ou uma série de incidentes não relacionados sendo conectados pela imaginação humana e o poder de uma boa estória. A única coisa que sabemos é que durante todo esse tempo a única coisa que perdurou foi a dúvida ... e o próprio Chupa-cabra que pode estar onde você menos esperar.

 

 

Referências

 

BBC à https://bbc.in/3uenXHF

G1 à https://glo.bo/2XSJkTh / https://glo.bo/3CNik6h / https://glo.bo/3ugGZNt

GloboPlay à https://bit.ly/3zF48dt

Infoescola à https://bit.ly/3zHcUI7

Mongabay à https://bit.ly/2XTzgck

R7 à https://bit.ly/3o9PQzp

Super Interessante à https://bit.ly/3m3UZXr

Wikipedia à https://bit.ly/3o7y5kp / https://bit.ly/3ESkrHT

Youtube à https://bit.ly/39FDYNa / https://bit.ly/3CRnVbT

 

 

 

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